Dia do Vinho: bebida pode ajudar na perda de peso e na redução de problemas cardiovasculares

Conheça a história do vinho no Brasil e os benefícios da bebida

No primeiro domingo de junho é celebrado o Dia Nacional do Vinho, conforme projeto de lei aprovado em 2017 pela importância da produção da bebida no Brasil. 

Enquanto bebida alcoólica, o vinho conquistou uma legião de apreciadores e, recentemente, até mesmo tem angariado apoio na ciência como um aliado na saúde - desde que consumido com moderação. 

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Bastante presente na cultura brasileira, a chegada da uva no Brasil é datada de 1532, com a vinda do português Brás Cubas na expedição de Martim Afonso de Souza.

Nascido na cidade de Porto, em Portugal, região vitivinícola famosa, Brás Cubas trouxe mudas de videira e é considerado o primeiro produtor de vinho em terras brasileiras.

A primeira tentativa de plantação foi no litoral paulista, porém, sem sucesso, devido ao clima. Com o tempo, o local das plantações foi subindo para a região de serra em busca de condições climáticas mais favoráveis para o cultivo.

No entanto, essa produção não foi tão significativa, visto que havia uma maior preocupação em comercializar vinhos portugueses do que iniciar uma produção nacional.

Foi apenas com a chegada de outros imigrantes europeus, principalmente italianos e alemães, que o cultivo da uva cresceu - especialmente no Rio Grande do Sul - e um mercado vitivinícola surgiu no país.

O Brasil é considerado um mercado de vinho em crescimento. De acordo com dados recolhidos pela consultoria inglesa Wine Intelligence, em 2010, 22 milhões de brasileiros declararam consumir a bebida pelo menos uma vez por mês.

Em 2020, o número quase dobrou, subindo para 39 milhões. Durante a pandemia, o consumo do vinho cresceu, sendo considerada por algumas pessoas como a “bebida da quarentena”.

O vinho pode ser também um aliado da saúde, se consumido de maneira moderada. A bebida pode atuar como anticoagulante natural, diminuindo o risco de acidente vascular cerebral (AVC).

Com a substância antioxidante resveratrol, que combate os radicais livres e evita o envelhecimento, é capaz de reduzir problemas cardiovasculares e melhorar o sistema imunológico.

De acordo com estudo realizado em 2015 pela Universidade do Estado de Washington, nos Estados Unidos, se consumido antes de dormir, o vinho pode ajudar na perda de peso.

É que o resveratrol, que pode ser encontrado nas uvas, é capaz de converter o excesso de gordura branca - tecido adiposo que temos em maior quantidade e responsável por armazenar a energia no corpo, mas que, em excesso, pode ser prejudicial à saúde - em gordura marrom, mais fácil de ser oxidada.

No entanto, isso não significa que beber uma garrafa de vinho antes de dormir vai ajudar no emagrecimento, pois, além de resveratrol, a bebida contém calorias. Assim, o consumo deve ser moderado e também estar atrelado à prática de exercícios físicos e bons hábitos alimentares.

Como escolher um bom vinho?

Quando falamos sobre vinho, temos um universo de possibilidades. Há vinhos para todos os gostos e nem sempre precisa ser caro. “Se for uma tarde à beira da piscina, por exemplo, você pode sim pedir um champanhe, mas pode, tranquilamente, aceitar um vinho branco leve ou um belo espumante brasileiro que podem ser mais baratos e trarão uma experiência incrível”, afirma a sommelier Karime Loureiro.

Ela também aconselha levar em conta a ocasião em que aquele vinho será degustado para definir qual o tipo de bebida procurar. Se o momento for um jantar com amigos em que vários irão levar as suas garrafas, é interessante perguntar ao anfitrião quais pratos serão servidos e combinar com os outros convidados os rótulos, assim ficará mais fácil escolher a sequência correta de vinhos, bem como suas harmonizações.

Para acertar em uma harmonização e equilibrar a comida e a bebida também é necessário considerar alguns fatores. A sommelier explica que é importante, primeiramente, conhecer o rótulo e a comida que pretende harmonizar. Pratos leves pedem vinhos mais leves e pratos mais robustos aceitam vinhos mais pesados.

É fundamental levar em conta quais alimentos harmonizam com vinhos que tenham muitos taninos - substância com sabor amargo e que pode causar ressecamento na boca. Receitas muito ácidas podem gerar amargor quando acompanhadas por vinhos desse tipo. Também não é interessante apostar em um vinho que você não conhece e, menos ainda, em uma harmonização que nunca tenha testado.

Na dúvida, escolha um espumante. Segundo a especialista, essa é uma das bebidas mais versáteis que existe, podendo ser consumida em diferentes ocasiões e acompanhar pratos variados, da entrada à sobremesa, dos mais simples aos mais elaborados.

“O grande trunfo da bebida é a sua acidez, que a torna extremamente versátil e agradável de consumir de maneira informal, mesmo sem harmonizá-la. Podemos destacar que o teor alcoólico moderado, a temperatura de consumo baixa e, na maioria dos casos, o seu perfil aromático frutado também contribuem para a apreciação, uma bebida verdadeiramente democrática”, explica. 

E para quem deseja conhecer melhor o mundo dos vinhos e aprender mais sobre degustação, Karime diz que é imprescindível experimentar e estudar sobre a bebida.

“Experimentar rótulos novos, ou seja, vinhos de uvas diferentes e regiões diferentes, nos traz muita vivência, mas esse não é o único caminho para que possamos nos tornar mais 'experts' neste universo. Quando buscamos apurar os o sentidos e melhorar as técnicas de degustação, são os livros sobre vinhos que nos tornarão realmente conhecedores dessa bebida e de toda a bagagem cultural que a envolve”, finaliza.

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