Cinco pontos sobre a legalização da maconha nos EUA

Enquanto os usuários de maconha se preparam para o "4/20", uma celebração anual da erva que acontece a cada 20 de abril, sua legalização avança nos Estados Unidos.

Confira abaixo cinco pontos sobre a maconha na América:

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Até agora, 18 dos 50 estados, além da capital, Washington, D.C., legalizaram o uso recreativo da maconha para adultos. Muitos estados permitem algum uso medicinal, que vai de óleos com baixos níveis do ingrediente ativo THC até sua quase legalização.

Segundo a lei federal, porém, a maconha continua proibida. Tecnicamente, é uma substância controlada em pé de igualdade com a heroína.

Isso significa que, em tese, um usuário de cannabis ainda está infringindo as leis nacionais. Na prática, contudo, os promotores federais não processam pessoas, ou empresas, que cumpram as leis sobre maconha de seu estado, nem contestaram essas leis locais.

 

Nova Jersey já legalizou o uso recreativo da planta, mas a venda legal começará na quinta-feira.

Rhode Island, Delaware, Havaí, Maryland, Louisiana e Oklahoma são os estados considerados mais propensos a serem os próximos a permitir o consumo. Isso pode ser irrelevante, se os esforços para descriminalizar a maconha em todo país derem certo.

A Câmara de Representantes aprovou, neste mês, um projeto de lei dos democratas que elimina as penalidades por posse, ou venda da droga. O projeto enfrentará um teste mais difícil no Senado, onde a maioria democrata é muito frágil.

 

A maconha legal já é um grande negócio - com um valor de cerca de US$ 25 bilhões nos Estados Unidos no ano passado - e se espera um crescimento ainda maior.

Esforços para eliminar a burocracia financeira já estão em curso. Os operadores de cannabis legal têm, com frequência, dificuldades em obter serviços básicos, como contas bancárias, ou empréstimos. Isso acontece porque o "status" legal do setor ainda se encontra em uma "zona cinzenta".

Os estados relataram US$ 3,7 bilhões em receita fiscal por venda de cannabis no ano passado. E o projeto da Câmara de Representantes estima que esta receita anual pode passar de US$ 40 bilhões até 2025.

 

Por mais que o setor legal tenha crescido, ainda é pequeno em comparação com as vendas ilícitas, que totalizaram US$ 65 bilhões em 2020 em todo país. E essas vendas clandestinas não se limitaram a estados onde a maconha continua ilegal. Mesmo na Califórnia, primeiro estado a aprovar seu uso para fins medicinais em 1996, até 80% das vendas de maconha permanecem à margem da lei.

Isso ocorre porque muitos consumidores fiéis ficam com seus fornecedores originais - devido à preferência pelo produto, ou aos preços mais baixos, graças à ausência de tributação -, mas também inclui maconha falsificada que os compradores consomem como legítima.

 

Em geral, os americanos são a favor da legalização. Uma pesquisa do Pew Research Institute mostrou no ano passado que 91% dos adultos acham que a maconha deveria ser legal - seja para fins médicos, recreativos, ou ambos.

No ano passado, quase metade dos adultos americanos disse ao instituto de pesquisa Gallup que já havia experimentado cannabis, contra um terço em 1999.

As empresas de cannabis legal atraíram o financiamento, ou o apoio de celebridades: dos músicos Snoop Dogg e Wiz Khalifa ao ator Seth Rogen e ao ex-campeão de boxe Mike Tyson.

O magnata Elon Musk também é fã e causou polêmica ao acender um baseado durante a transmissão ao vivo do podcast "Joe Rogan Experience". E, no Twitter, manifesta sua indignação pelas pessoas presas pelo crime de vender maconha.

 


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