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Parecidos com gente, bichinhos dançarinos chamam atenção no Centro de Fortaleza

Os personagens são variados, de corvo à Pantera Cor-de-Rosa, e atraem olhares curiosos de quem passa na rua Barão do Rio Branco. Criador diz que a intenção é chamar clientes
18:59 | Out. 31, 2016
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Quem desce pela rua Barão do Rio Branco, já perto da Santa Casa de Misericórdia, pode se surpreender com a malemolência de quatro bichinhos de pelúcia que requebram a cintura na calçada, incansáveis. Meio desengonçados, eles dançam conforme a música saída de auto-falantes espalhados por todos os lados da rua. Quase sempre no ritmo de forró.
 
À primeira vista, parece gente fantasiada, mas, na verdade, foi um jeito inusitado que o comerciante Giovanni Linard, 42 anos, encontrou para atrair os olhares para sua loja de bombas hidráulicas.
 
“Tudo isso foi feito pelos nossos técnicos. A gente teve a ideia depois que vimos um Papai Noel, fabricado no Japão, se balançando. Resolvemos fazer o nosso e fizemos melhor, como você pode ver”, diz o comerciante, indicando a destreza da Pantera Cor-de-Rosa ao saracotear o quadril. “O Papai Noel deles não faz isso”, compara.
Além do bichano róseo do desenho animado, sacodem-se na porta da loja Bombas & Bombas um corvo, um Pernalonga e um gato. Mas não necessariamente são os mesmos no dia seguinte. “A gente tem fantasia de outros cinco personagens, pelo menos”, diz Giovanni, ressaltando que é importante variar.
 
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Bom velhinho
"Como o Natal está chegando, daqui a pouco é a vez do Papai Noel”, informa a vendedora Patrícia Pereira, que já cansou de ver gente aglomerada na porta da loja curiosa com a dança dos personagens.
 
Também não dá pra mensurar quantas vezes encostaram por ali senhoras preocupadas com a saúde dos supostos funcionários fantasiados. “Elas pensam que é gente. Diz que somos ruins por deixar o povo no sol várias horas por dia”, divide.
 
Se fosse um serviço de ser humano, poderia render processo na Justiça, pois os bichinhos passam mais de 12 horas dançando ininterruptamente, sem horário para almoço. O requebrado começa quando a loja abre as portas, às 6 horas, e só vai acabar quando o movimento do Centro cai, no fim da tarde.
 
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Vencer a crise
Tanta tecnologia tem uma razão de existir, segundo Giovanni Linard. A vontade de colocar os bichinhos bailarinos na porta do comércio coincide com o tempo de queda nas vendas, há cerca de dois anos. “Em tempo de crise, as vendas caem, mas o setor de serviço cresce. A gente quis mostrar, com nossa inventividade, que temos uma boa equipe técnica”, comenta.
 
O grupo de mecânicos de bombas hidráulicas se valeu de alguns motores usados em limpador de parabrisa, uma haste de ventilador e alguns fios para montar a inusitada estrutura. Depois, cobriram-na com a fantasia e, pronto, estava feita a dança. “Os clientes se agradaram, claro. Eu mesmo às vezes paro aqui e fico observando o gingado dessa pantera”.
 
Veja vídeo:
 
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