Participamos do

1º bebê de proveta do Brasil completa 30 anos

Depois de 6 anos e 2 meses de nascimento da primeira bebê de proveta do mundo, nasceria a primeira da América Latina, no Brasil, no estado do Paraná
15:19 | Out. 07, 2014
Autor O POVO
Foto do autor
O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia

Era 7 de outubro de 1984 quando o médico Milton Nakamura anunciou o nascimento de Anna Paula Caldeira, a primeira "bebê de proveta da América Latina".

A garota nasceu na cidade paranaense de São José dos Pinhais, localizada a 20 quilômetros de Curitiba, depois de 6 anos do anúncio de nascimento da britânica Louise Brown, a primeira bebê de proveta do mundo. Anna Paula foi a sexta filha da técnica de raio X Ilza Caldeira, que estava impedida de ter filhos por causa de uma infecção na gravidez anterior.

Ela e o marido foram à procura de um especialista em São Paulo e foram o 23º casal a ser submetido ao procedimento feito pelo médico Milton Nakamura. Para surpresa dos pais, apenas a menina de 50 centímetros e 3,3 quilos nasceria.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

"Cresci sabendo que o dia em que nasci tinha sido uma data importante para a medicina. Meus pais sempre conversaram sobre isso comigo. Desde pequena tive o assédio da mídia e de outros curiosos para saber se meu desenvolvimento seria normal e se eu teria saúde. Uma sensação boa que tenho é saber que meus pais me queriam muito e fizeram um grande esforço para que isso acontecesse", afirmou a nutricionista Anna Paula, segundo o jornal O Estado de S. Paulo.  

Em entrevistas concedidas na época do nascimento de Anna Paula, o médico Nakamura, falecido em 1997, explicou que para passar pela técnica a mulher precisava "apenas de um ovário que funcionasse bem, um útero normal e um marido fértil".

Evolução

Embora não completamente efetiva, hoje a técnica evoluiu muito e beneficia um número maior de pessoas: mulheres na menopausa, casais homossexuais, pares em que um dos parceiros tem HIV ou hepatite B ou C, homens com baixa contagem de espermatozoides e pessoas que vão passar por radioterapia e quimioterapia.

O custo com as medicações do tratamento, entretanto, continua alto, chegando a custar cerca de US$ 9 mil.

Redação O POVO Online

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente