Participamos do

Avó diz que adolescente "morreu apanhando" em Tianguá

Polícia Civil afirma que adolescente faleceu momentos após discussão familiar. Principal linha de investigação aponta para agressão física, embora o corpo da vítima não apresente sinais aparentes de violência
20:21 | Dez. 21, 2017
Autor O POVO
Foto do autor
O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia
[FOTO1]
A morte do adolescente Gabryel Schneyder Ribeiro Magalhães, de 16 anos, em Tianguá, distante 336 km de Fortaleza, chocou familiares e amigos. Em publicação no Facebook, a avó do menino denunciou que o neto sofreu agressões físicas e psicológicas. A principal linha de investigação da Polícia Civil é de o menino teria morrido após ser agredido.

"É com pesar que anuncio a partida de meu amado Gabryel Magalhães. Meu companheiro de todas as horas, de coração grande, espírito sereno e só queria paz", escreveu a avó, Aurelidia Ramos. "Não precisava de tantas agressões físicas e psicológicas. Morreu apanhando, até desmaiar. Meu coração está estraçalhado com tanta barbaridade".

O POVO Online chegou a contatar a avó do menino. Abalada, ela disse que, assim como outros familiares, prestou depoimento à Polícia e não estava disposta a falar com a reportagem.
[FOTO2]
Gabryel faleceu após uma discussão familiar na noite dessa quarta-feira, 20, por volta das 18h30min. A Polícia não deu informações sobre o que gerou a discussão ou se a morte do menino tem relação direta com a situação familiar.

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) afirmou que, conforme depoimentos prestados por parentes, o garoto se sentiu mal e chegou a ser socorrido em uma unidade de saúde, mas não resistiu. Gabryel não teria sinais aparentes de violência, ainda segundo a pasta. 

Moradores da cidade, amigos, alunos, pais e professores do Liceu de Tianguá, onde Gabriel estudava, realizaram uma passeata em homenagem ao menino e contra a violência, na tarde desta quinta-feira, 21. Manifestantes carregaram cartazes com dizeres como "paz, amor, justiça e liberdade", além de mensagens contra preconceito e homofobia.

Em postagens sobre a passeata, moradores classificaram a morte do menino como revoltante e lamentável. Um dos comentários diz que Gabryel não viveu "sua verdade por que era demais para a sociedade", outra moradora pede "paz e respeito".

O corpo do adolescente foi encaminhado à sede da Perícia Forense do Ceará (Pefoce) e passará por exames para indicar a causa da morte.

Redação O POVO Online

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente