Participamos do

Defesa de Marcelo Barberena aponta quarta pessoa como autor do duplo homicídio

A tese que está sendo sustentada pela defesa é de que a confissão do empresário Marcelo Barberena ocorreu após tortura e pressão psicológica no interrogatório, que ocorreu sem a presença do advogado dele à época
13:00 | Nov. 30, 2020
Autor Angélica Feitosa
Foto do autor
Angélica Feitosa Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia

A tese da defesa do empresário Marcelo Barberena, acusado de duplo homicídio com a qualificadora de feminicídio contra a esposa Adriana Moura Pessoa de Carvalho Moraes, de 39 anos, e a filha de oito meses, Jade Pessoa de Carvalho Moraes, em agosto de 2015, é de que uma quarta pessoa seria autora do crime. De acordo com o advogado de defesa Nestor Santiago, o acusado fez algumas narrativas em relação a eventuais torturas que ele teria sofrido quando confessou o crime. “E ainda não houve qualquer apuração em relação a isso, mesmo já tendo se passado cinco anos. Isso macula todo o processo porque toda a acusação é baseada na confissão”, alega.

A informação foi repassada pelo advogado durante o intervalo do julgamento, que ocorre na Câmara de vereadores de Paracuru. De acordo com o advogado, somente no período de 24 horas após o crime, o acusado foi ouvido quatro vezes. “Ele ficou quase 48 horas sem dormir. Isso gera o depoimento viciado. E um dos depoimentos foi dado sem a presença do advogado dele à época”, defende.

Por volta do meio-dia, a juíza da Comarca Única de Paracuru fez uma pausa para o almoço, com retorno do júri uma hora depois. Nestor Santiago diz que o próprio Ministério Público afirma que existia possivelmente outra pessoa na casa, no momento do crime, embora não tenha havido violação da residência.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

Outra prova sustentada pela defesa é de que o laudo pericial que alegou presença de chumbo na roupa e nas mãos de Marcelo não é conclusivo. “Quando uma pessoa faz o laudo pericial de chumbo, a parafina vem no braço todo e não só na mão e isso não foi levado em consideração. Outras perícias vão demonstrar que existe pelo menos uma dúvida muito grande com relação ao caso”, diz.

com informações do repórter Lucas Barbosa

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar