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Agricultor que estuprava enteada e sobrinho é condenado a 85 anos de prisão

A condenação é considerada a maior da história registrada no município
11:46 | Jun. 23, 2016
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Tipo Notícia
Um agricultor de Mosenhor Tabosa, interior do Ceará, foi condenado a 85 anos e seis meses de prisão por estuprar a enteada de 12 anos e o sobrinho de 20 anos, portador de distúrbio mental. A decisão do juiz substituto Mikhail de Andrade Torres é resultado da denúncia da Promotoria de Justiça de Monsenhor Tabosa, por meio do promotor Luiz Cogan. A condenação ocorreu nesta segunda-feira, 20, e é considerada a maior da história registrada no município.

[SAIBAMAIS3]Conforme a investigação do promotor Luiz Cogan, os abusos tiveram início em 2012, quando a enteada tinha oito anos e o sobrinho 16 anos. A Promotoria teve conhecimento sobre o caso por meio de denúncia no Disque Direitos Humanos (Disque 100) e, em menos de três meses do início do processo, o agricultor foi condenado.

Durante a investigação do promotor, as vítimas e o agressor foram ouvidos. O estuprador considerava "normal" os atos contra a enteada e o sobrinho. "Ele era muito frio, achava que era normal, desconsiderava a vulnerabilidade tanto da criança, quanto do adolescente. É um caso que ocorria em uma área rural, se não chegasse a denúncia pelo Disque 100, nunca iríamos saber", comentou Cogan.

A investigação aponta que o agricultor, além de abusar sexualmente, agredia psicologicamente o sobrinho, com ameaças para o jovem não contar a ninguém sobre os abusos constantes ocorridos em açudes da cidade de Monsenhor Tabosa e até em bares. Quanto à enteada, a violência sexual ocorria nas madrugadas ou quando a mãe da vítima saía de casa por algum motivo.

"Os casos (envolvendo estupro de vulneráveis) são recorrentes no Interior. Não é o primeiro que chega. Nós estamos, assim que chegam os fatos, tomando providências. O grande desafio é coibir de forma eficiente esse tipo de criminalidade", finalizou o promotor Luiz Cogan.

A investigação da Promotoria teve apoio do Conselho Tutelar, do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e da Polícia Civil. O POVO Online opta por não divulgar o nome do acusado para preservar a identidade das vítimas.

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