Abrigo Menino Vaqueiro, em Maracanaú, corre risco de fechar por falta de verbas
Com 217 animais e dívida de R$ 19.500, instituição enfrenta falta de ração, medicamentos e salários atrasados
O Abrigo Menino Vaqueiro, localizado em Maracanaú, a 25,49 km de Fortaleza, está precisando de doações para continuar funcionando. Dedicado ao resgate e cuidado de animais abandonados ou vítimas de maus-tratos há mais de 14 anos, o abrigo acumula uma dívida de R$ 19.500 e dificuldades para garantir alimentação, medicamentos e pagamento dos funcionários, dessa forma, correndo o risco de fechar as portas.
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A instituição cuida atualmente de 217 animais, sendo 115 de grande porte, como cavalos, jumentos e burros e 102 de pequeno porte, entre cães, gatos, galinhas, porcos e cabras. Sem ajuda governamental, o abrigo sobrevive exclusivamente de doações.
Márcia Freitas, de 37 anos, fundadora e responsável pelo espaço, explica que a crise não é recente, mas se agravou nos últimos meses, tornando insustentável a continuidade das atividades.
“Tô desesperada. A situação daqui tá muito complicada. Eu venho pensando em fechar o abrigo, porque eu não sei até quando vou aguentar essa pressão”, desabafou.
Sem comida, sem medicamentos e com salários atrasados
Além da dívida total, que inclui R$ 16 mil com uma clínica veterinária e R$ 3.500 de aluguel em atraso, o abrigo não tem condições de fornecer alimentação ou medicamentos aos animais. “A única alimentação é o que eu consigo tirar do mato para eles, então eles só vêm se alimentando de capim”, destacou a proprietária do lugar.
A situação é ainda mais delicada para dois animais internados: as jumentinhas Valentina e Renata, resgatadas em situação de emergência e que precisaram passar por cesarianas. Uma delas já recebeu alta, mas ainda permanece na clínica por falta de pagamento. “Cada dia que ela permanece internada, a conta só aumenta, e não temos dinheiro para tirar ela de lá. Eu estou angustiada”, lamentou Márcia.
O abrigo conta com o trabalho de dois funcionários fixos, que ajudam na alimentação, limpeza, medicação e cuidado diário dos animais. Porém, os salários também estão atrasados. “Não temos voluntários. É um trabalho pesado. Um funcionário já pediu demissão no último domingo porque o pagamento estava atrasado”, informou.
Márcia lamenta que o trabalho seja mantido apenas por esforço próprio e ajuda esporádica de seguidores. “O que mais me desespera é ver os animais precisando e eu sem condições de cuidar. A maioria chega mutilada, atropelada, com problemas sérios.”.
Como ajudar?
As doações podem ser feitas via Pix pelo número: 73951102349, registrado no nome de Márcia Virgínia Freitas dos Santos. A população também pode entrar em contato diretamente com a o abrigo pelo número de contato: 85989311281.