Mãe de jovem morto em Maracanaú diz que foi coagida a dizer que ele era de facção

O adolescente de 15 anos, que sonhava em ser jogador de futebol, foi morto a tiros quando saiu de casa para comprar um lanche. Iarley Félix foi alvejado por oito disparos

A mãe do adolescente de 15 anos executado a tiros, na Vila da Paz, em Maracanaú, diz que ainda não acredita no que lhe aconteceu. Adriana Félix perdeu o único filho, na última terça-feira, 14, quando o jovem Iarley Felix saiu para comprar um lanche e foi alvejado por oito tiros.

A cuidadora afirma que a família foi coagida por policiais militares para confirmar que o adolescente era ligado a uma facção e isso causou revolta na comunidade.

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“Eu tinha saído para trabalhar, mas minha irmã ligou dizendo que eu voltasse. Quando cheguei tinham levado meu filho para o hospital e tinha uma viatura na casa minha mãe querendo que a minha família  afirmasse que ele era faccionado, que era envolvido com coisa errada. Nós não afirmamos e jamais vamos afirmar, porque não é verdade”, disse Adriana.

Segundo ela, moradores da região se manifestaram várias vezes homenageando a memória do jovem que sonhava em ser jogador de futebol. Um novo ato está marcado para às 18 horas, da próxima quarta-feira, 22, na Comunidade da Paz.

“Meu filho estaria recebendo tantas homenagens se fosse uma pessoa ruim? Eu sou mãe, eu conhecia o coração do Iarley. Meu filho vivia em função do sonho de ser jogador, não fazia mal a ninguém”. afirmou.

Adriana diz que quer Justiça e que esse é o sentimento de todos os amigos, professores, colegas de aula, vizinhos e conhecidos de Iarleiy, que estão participando dos atos em homenagem a ele.

Segundo a cuidadora, um Boletim de Ocorrência foi registrado pelo irmão dela, tio do garoto. “Eu estava muito transtornada, não conseguia nem falar. Quem conheceu meu filho sabe que a vida dele era ir pra escola, para a Areninha, para a casa da namorada. Eu eduquei, cuidei, fiz tudo para ele ser uma pessoa boa e ele era”, conclui.

Em nota, a Polícia Militar do Ceará (PMCE) apontou que "não compactua com possíveis desvios de conduta de quaisquer policiais militares", e ressaltou que "em sendo formalizada a denúncia, abrirá um procedimento disciplinar a fim de apurar os fatos".

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