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Moradores negociam com a Polícia para evitar despejo em acampamento do MST

Famílias de moradores e movimentos sociais promovem ato contra a decisão judicial. Muitos temem que haja confronto
09:09 | Nov. 21, 2018
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Atualizada às 09:55
 
[FOTO1] Com ordem de despejo anunciada desde segunda-feira, 19, cerca de 150 famílias ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) promovem ato no acampamento Zé Maria do Tomé, em Limoeiro do Norte, nesta quarta-feira, 21. Às 7 horas, três viaturas do Comando do Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM) chegaram ao local para avaliar se há possibilidade de realizar a reintegração de posse da terra. As informações são da assessoria do MST.
 
Integrantes do MST, estudantes e lideranças de movimentos sociais seguem protestando contra a saída das famílias, que vivem no espaço desde 2014. O padre da Diocese de Limoeiro do Norte, Júnior Aquino, afirmou ao O POVO Online que uma comissão de negociação foi feita para conversar com os policiais e buscar um acordo.
 
[FOTO6] A discussão deve ser levada ao juiz responsável pela ordem de despejo. “O povo está decidido a permanecer. São quatro anos e meio vivendo aqui, tirando daqui o seu sustento”, relatou o padre. Aquino teme que o embate entre Polícia e integrantes do movimento seja violento. 
 
Logo nas primeiras horas da manhã, quando a equipe policial chegou, um bloqueio foi feito por ela para impedir a chegada de mais pessoas que estavam a caminho da manifestação. Outro bloqueio, feito pelos moradores, foi improvisado na rodovia que dá acesso ao acampamento para dificultar o avanço da Polícia. Os dois bloqueios foram retirados após a negociação. As informações são da assessoria do MST e do fotógrafo que está no local, Rafael Crisóstomo.   
 
[FOTO4] 

De acordo com o padre, o secretário-adjunto do Desenvolvimento Agrário, Wilson Brandão, chegou ao acampamento ainda cedo nesta manhã. Ele também participou das negociações com a equipe de policiais. Aquino explica que os moradores e as lideranças do movimento querem que o juiz se abra para o diálogo. 
 
 
 
 
 

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Redação O POVO Online

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