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Incêndio no Ipu é controlado após uma semana, mas APA continua em observação

A gestora da APA da Bica do Ipu, Helaine Matos, destaca que o incêndio começou ainda na área urbana do município, mas não demorou para se expandir
21:50 | Nov. 10, 2017
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[FOTO1]O incêndio no Ipu, município localizado a 302,4 km de Fortaleza, foi controlado nessa quinta-feira, 9, depois de nove dias. As chamas atingiram grande parte da Área de Proteção Ambiental (APA) da Bica do Ipu. Equipes da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e do Corpo de Bombeiros foram acionadas. Estimativa é que, pelo menos, 150 hectares tenham sido queimados.

De acordo com o articulador das Unidades de Conservação Estaduais e coordenador do Programa de Prevenção, Monitoramento, Controle de Queimadas e Combate aos Incêndios Florestais (Previna), Leonardo Borralho, o fogo foi debelado ainda na noite do último dia 4. No dia seguinte, contudo, houve reignição dos focos de incêndio.

[FOTO2]Na última segunda-feira, 6, após análise da gestão da APA da Bica do Ipu, o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) foi acionado para auxiliar no combate.

"Foi controlado o incêndio florestal pelos brigadistas do Prevfogo/Ibama e com o apoio da equipe de gestão da Apa, nesta sexta-feira (10)", informou Leonardo Borralho. O desastre ambiental, segundo o articulador, pode ter sido "antrópico ( relativo à ação do homem ) e criminoso".  

A gestora da APA da Bica do Ipu, Helaine Matos, destaca que o incêndio começou ainda na área urbana do município, mas não demorou para se expandir. Várias espécies de animais foram mortos no incêndio.

"A Brigada do Prevfogo, que esteve diretamente na área, estima que pelo menos 150 hectares tenham sido queimados. Houve perda não só de vegetação, mas de espécie de animais. Em sua maioria répteis, pelo que identificamos até agora", afirma. "Ainda não sabemos precisar a quantidade de animais mortos. A perícia vai apontar a área total que foi destruída, de onde partiu o fogo para procurar punir os responsáveis, e essa perda da biodiversidade".
 
Brigadistas do Prevfogo permanecerão realizando o monitoramento da área até, pelo menos, este sábado. 
 

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