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Chega ao Ceará corpo de cearense assassinada por morador de rua no Rio de Janeiro

Crislyrrane de Sousa Bonfim, natural de Crateús, morava há quatro anos no Rio, onde constituiu família e trabalhava como caixa de supermercado. O homem apontado como assassino era tido por ela como amigo. Ela chegou a preparar festa de aniversário para ele
21:18 | Dez. 15, 2018
Autor Luana Severo
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Natural de Crateús, Crislyrrane de Sousa Bonfim, 23, foi assassinada na cidade do Rio de Janeiro por um homem que seria considerado por ela um amigo. O corpo da mulher chegou ao Ceará neste sábado, 15, e será velado e sepultado em sua cidade de nascença. Lyrrane, como costumava ser chamada por todos, era caixa de supermercado e já morava há quatro anos no Rio de Janeiro, onde constituiu família. “Tem uma filha de três anos”, lembrou o padrasto, o motorista Rogério Soares, 42, quem contou a história ao O POVO. O crime ocorreu há dois dias.

Segundo Rogério, a enteada foi morta por um homem em situação de rua a quem ela e as amigas costumavam ajudar sempre que podiam. “Ela sempre ajudava dando comida. Depois, foi se criando um vínculo de amizade. Ela considerava ele um amigo”, ressaltou o padrasto. Tanto que Rogério lembrou que há menos de um mês Lyrrane havia preparado uma festa de aniversário para seu algoz. “A gente não consegue entender por que ele fez isso”, lamentou.

Na manhã do dia 13 de dezembro, pouco depois de receber telefonema da mãe, que estava prestes a embarcar num avião para passar Natal e Réveillon com ela no Rio, Lyrrane teria sido abordada pelo assassino que, como de costume, havia ido ao supermercado onde ela trabalhava, no bairro Recreio dos Bandeirantes. 

“Diz que ele chegou lá e não falou com ninguém. Era cedinho. Estirou a mão pra ela, ela tava sentada. Entrou, pegou uns pães, colocou em frente ao caixa que ela tava, voltou, pegou uma faca na parte do frigorífico, escondeu na calça, se aproximou dela por trás e furou ela. Foi uma furada fatal”, relatou Rogério. 
[SAIBAMAIS]
A riqueza de detalhes na narrativa do padrasto foi possível porque, segundo ele, um amigo da família teve acesso às imagens de monitoramento do supermercado. Após o crime, ainda segundo Rogério, o morador de rua teria saído atordoado para a rua, onde a população do entorno teria se reunido, revoltada, para linchar ele até a morte.

O POVO procurou a Polícia Civil do Rio de Janeiro para saber detalhes sobre o caso mas, até o fechamento desta matéria, não recebeu retorno do órgão. O sepultamento de Lyrrane está marcado para ocorrer na segunda-feira, 17, em Crateús.

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