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Prefeitura de Catarina mobiliza população em passeata contra mosquito

Em passeata, mais de mil pessoas percorreram as principais ruas da cidade na manhã desta quinta, 16. Cidade conta com mais de 29 casos confirmados de chikungunya
15:34 | Mar. 16, 2017
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Atualizada às 16h05min
Inconformada com o número crescente de casos da febre chikungunya, a prefeitura da cidade de de Catarina, a 409 quilômetros de Fortaleza, mobilizou a população e realizou uma passeata nas principais ruas da cidade. Com faixas e cartazes, cerca de mil pessoas, segundo a Secretaria Municipal da Saúde da cidade, pediam à população que não deixem reservatórios de água descobertos. Somente este ano, foram confirmados 29 casos de febre chikungunya.
 
“Estamos com um problema que se agrava por conta da seca. As pessoas recebem água por carro pipa e não protegem os reservatórios”, explica o coordenador municipal de Endemias, Aglayrton Feitosa. Ano passado, segundo ele, foram confirmados 241 casos de dengue.
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Participaram da manifestação as escolas, setores da saúde e a população. A causa mais provável do aumento de casos da doença, de acordo com o coordenador, é a escassez de chuvas, que faz com que a população armazene água em depósitos sem a devida vedação. 
 
A vereadora Fernanda Benevides, 39, informou que a prefeitura realiza constantemente a limpeza das ruas, mas  é na população que precisa chegar a consciência da vedação correta dos depósitos de água. “Praticamente todas as famílias têm alguém doente”, afirma.
 
Sesa
A Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) informou que Catarina passou por ciclo recente de pulverização espacial UBV, o procedimento conhecido como fumacê. O primeiro ciclo foi realizado nos dias 14 e 15 de março, em 130 quarteirões; outras pulverizações estão previstas para os  dias 17 e 18 e 20 e 21 de março.
 
De acordo com a Sesa, a ação do produto é efetiva quando o inseticida está em suspensão no ar, mas só mata o mosquito adulto. O inseticida não mata as larvas do Aedes aegypti, que estão em caixas d’água, potes, baldes, pneus, lajes. Como cerca de 90% dos focos do Aedes  são encontrados dentro de casa, a recomendação aos moradores é que abram portas e janelas das casas na passagem do fumacê.
 
Além disso, a Sesa orienta à população a limpeza de quintais, com recolhimento ou eliminação de objetos que possam acumular água (pneus velhos, latas, recipientes plásticos, tampas de garrafas, copos descartáveis e até cascas de ovos).
 
"O lixo doméstico deve ser acondicionado em sacos plásticos e descartado adequadamente, em depósitos fechados. A eliminação de criadouros deve ser realizada pelo menos uma vez por semana. Assim, o ciclo de vida do mosquito será interrompido", completa a nota da Sesa.
 
Redação O POVO Online (Colaborou Amaury Alencar)

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