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Policial Militar liderava organização criminosa em Cascavel, aponta Ministério Público

Ao todo, três policiais militares são alvo de duas operações do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas
10:03 | Set. 30, 2020
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Tipo Notícia

Atualizada em 1/10/2020, às 7 horas

Seis mandados de prisão e busca foram cumpridos contra uma organização criminosa liderada por um policial militar em Cascavel, na manhã desta quarta-feira, 30. Ação é parte da Operação Crotalus, cumprida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE). De acordo com o órgão, grupo pratica tráfico de drogas na região.

Os membros da organização eram responsáveis pelo armazenamento, negociação e revenda das drogas. Além do PM, cinco civis são alvos da Operação Crotalus. A Vara de Delitos de Organizações Criminosas expediu os mandados.

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O Departamento Técnico Operacional (DTO), da Coordenadoria de Inteligência (Coin) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, da Polícia Civil e do Comando da Polícia Militar, deu apoio a ação.

Ainda conforme o MPCE, o Núcleo de Investigação Criminal (NUINC) deflagrou ainda a Operação Oculta, contra crimes praticados por policiais militares lotados no Município de Cascavel. Entre os alvos estão dois PMs da ativa. Os mandados foram expedidos pela Auditoria Militar.

Investigação

Em nota, o MPCE explica que a investigação começou em maio de 2019, após a descoberta de uma organização criminosa chefiada por um policial militar na cidade. Constatou-se que o referido grupo incorreu na prática de tráfico de drogas e associação para o tráfico.

"Descobriu-se que o líder da organização criminosa possuía uma influência muito grande no meio dos traficantes que atuam no município de Cascavel, sendo o principal fornecedor de drogas naquela localidade", diz a nota. "A partir deste alvo, foi possível identificar os outros membros do grupo, visto que ele era o responsável por delegar funções e exarar ordens aos demais".

Ainda conforme o órgão, cada membro ocupava uma função no grupo, incluindo guardar da droga, negociar e revender aos pequenos traficantes locais. Além disso, pessoas ficavam responsáveis pelo recolhimento do valor apurado com a venda das drogas. Os policiais davam apoio ao grupo.

Procurada pela reportagem, a Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) afirma que determinou a instauração de procedimento disciplinar em desfavor dos policiais envolvidos nos fatos apurados pelas Operações, Crotalus e Oculta. "A CGD solicitou ainda o compartilhamento de todo o material produzido pelo Ministério Público e Justiça Militar, para apuração na seara administrativa", diz em nota.

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