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Três mortos em rebelião na Cadeia Pública de Cascavel

Morreram Flávio Murilo Cardoso da Silva, Ismael Nascimento da Silva e Rafael Nascimento da Silva, que seriam integrantes da facção GDE
10:51 | Set. 15, 2018
Autor Lucas Braga
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Lucas Braga Repórter do O POVO Online
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Tipo Notícia

Atualizada às 13 horas

Rebelião na cadeia pública do município de Cascavel, distante 63 km de Fortaleza, foi registrada no início da manhã deste sábado, 15. Três homens foram mortos durante o tumulto, confirmou a Delegacia Metropolitana de Horizonte, plantonista da região.

 

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O motim já havia sido controlado antes das 11 horas. A motivação foi apontada como "briga entre internos de grupos rivais", conforme a Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado (Sejus).

 

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Morreram Flávio Murilo Cardoso da Silva, Ismael Nascimento da Silva e Rafael Nascimento da Silva. As idades não foram repassadas. Não houve outros feridos.

 

A defesa dos irmãos Ismael e Rafael negou que eles fossem faccionados.

 

"Agentes plantonistas e do Grupo de Ações Penitenciárias (GAP) e policiais militares intervieram, controlando a unidade prisional", informou a Sejus.

 

Equipes da Polícia Civil, por meio da Delegacia Metropolitana de Horizonte e do Departamento de Polícia Metropolitana, estiveram no local, onde realizaram os primeiros levantamentos. As investigações agora estão em andamento e visam a identificar os autores do crime. 

 

Divisões

Segundo o advogado Claudio Justa, integrante do Conselho Penitenciário do Estado do Ceará (Copen), o trio era integrante da facção criminosa Guardiões do Estado (GDE), enquanto na cadeia de Cascavel predominam internos da rival Comando Vermelho (CV).

 

Como as unidades prisionais cearenses têm divisões entre facções criminosas, eles deveriam ter sido transferidos para que tivessem integridade assegurada. O risco foi comunicado pela direção da cadeia até em emissora de rádio local, mas dependia de decisão judicial que nunca chegou. 

 

"O juiz de comarca local não pode fazer algumas transferências por conta de uma portaria. Isto gera demora. Apesar do aviso da direção, não foram tomadas providências jurisdicionais e administrativas como a remoção pela Sejus", analisa Justa.

 

Relembrando a Chacina de Itapajé, no fim de janeiro, o integrante do Copen alerta ainda que o risco é o revide pela GDE à cadeia e aos rivais para vingar as mortes. "A cadeia pública é vulnerável, considerando o controle interno e externo. É necessário remover os presos para unidades maiores".  

 

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