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Gerente de banco e família são mantidos reféns em Campos Sales

A ação teria contado com a participação de cerca de dez homens, mas até o momento ninguém foi preso. A família foi libertada durante a manhã, e os suspeitos fugiram sem levar o dinheiro do banco
15:46 | Mar. 01, 2016
Autor Amanda Araújo
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Tipo Notícia

Atualizada às 16h45min

O gerente do Banco do Brasil de Campos Sales foi mantido refém junto com a esposa, dois filhos e a empregada doméstica, na manhã desta terça-feira, 1º. A família ficou presa durante algumas horas, enquanto o funcionário foi até a instituição bancária para sacar dinheiro. A Polícia Militar (PM) percebeu a ação, as vítimas foram libertadas e os suspeitos fugiram sem levar nenhuma quantia.

Segundo o sargento Arlindo Santos, da 4ª Cia. do 2º Batalhão de Polícia Militar, o gerente foi obrigado a ir até o banco fazer saques, enquanto a família era mantida refém. “Mas eles perceberam que a PM tinha tomado conhecimento, ligaram pro gerente dizendo que iam abortar a missão”, explicou.

A família então foi abandonada a cerca de 10 km do município, próximo ao município de Campos Sales. Eles estão bem, conforme a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), e fugiram em um Gol branco. A ação teria contado com a participação de cerca de dez homens.

De acordo com a SSPDS, além da PM, o Batalhão de Divisas, que atua na divisa entre Ceará e Pernambuco, está realizando buscas na região. Um helicóptero da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) também foi acionado para dar apoio às buscas.

O caso será investigado pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), em Fortaleza. Em 2016, já foram contabilizados cinco ataques a bancos no Estado, segundo levantamento do O POVO Online com base nos dados do Sindicato dos Bancários do Ceará.

"Sapatinho"

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O delegado-adjunto da DRF, Eduardo Tomé, explicou que a família foi liberada por volta das 10h30min. "Está todo mundo bem, não houve nenhum furto ou subtração de numéraio e estamos em diligências".

Tomé explicou que a ação desta manhã não configura sequestro, pois não houve pedido de resgate. "É o famoso 'sapatinho', quando o funcionário de um banco ou seus familiares são mantidos reféns. Ou até mesmo isso é simulado para que o funcionário possa retirar quantias de dinheiro", afirma.

Os detalhes da ação não foram divulgados pela DRF por motivos de segurança. "Preferimos não explicar isso para não servir de estímulo a outros crimes do tipo", completa. 

Além desses ataques, duas saidinhas bancárias no bairro Benfica, em Fortaleza, foram registradas no dia 2 de fevereiro. Na primeira, uma dupla levou R$ 4 mil de um homem que foi abordado em uma parada de ônibus da 13 de Maio, logo após saque no Santander. Minutos depois, outro homem foi abordado quando saía do Banco do Brasil na mesma avenida.

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