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Corpos encontrados em Aquiraz estavam com objetos no valor de quase meio milhão de reais

Vítimas são líderes do PCC que estavam foragidas da Justiça. Testemunhas confirmam sobrevoo de helicóptero na região
14:54 | Fev. 18, 2018
Autor Henrique Araújo
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Henrique Araújo Repórter Política
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Tipo Notícia
Um dos dois corpos encontrados em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza, na última sexta-feira, 16, tinha objetos de alto valor. Segundo uma fonte que acompanhou o trabalho da perícia, pelo menos um cordão de ouro de R$ 400 mil e um relógio de R$ 40 mil foram achados com as vítimas.
 
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Junto com elas também foram encontrados terços de oração em homenagem a Nossa Senhora de Aparecida. “Não eram terços comuns. Eram caros também”, disse a fonte, que pediu para não ser identificada. 
 
Na última sexta-feira, os dois corpos foram encontrados às margens da lagoa da Encantada, que fica a 35 minutos de caminhada da sede da reserva indígena Jenipapo-Kanindé. O lugar é de mata fechada. 
 
Um homem, que fazia coleta de frutas e achou os corpos, chamou a Polícia. De acordo com fontes do Ministério Público do Estado do Ceará, as vítimas são Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, foragidos da Justiça de São Paulo. Eles eram considerados as principais vozes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). 
 
[SAIBAMAIS]  

Ainda na quinta-feira, 15, testemunhas afirmam que um helicóptero sobrevoou a aldeia. Elas relatam que, horas depois, tiros foram ouvidos dentro da reserva. “Ouvimos quase dez tiros. Era por volta das 10 horas da manhã. Ele (o helicóptero) passou baixo na aldeia, mas não ameaçou. Como se fosse baixar em algum canto. Estava procurando canto pra descer”, relata. 
 
De acordo com ele, os dois corpos eram de um homem “branco e de um moreno”. Um deles tinha tatuagem de Nossa Senhora de Aparecida. As vítimas foram encontradas sob um cajueiro, com as roupas queimadas, na última sexta-feira.
 
Por meio de nota enviada ao O POVO, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informa que equipes das polícias Civil e Militar e da Perícia Forense do Estado “estiveram realizando os primeiros levantamentos” na área e que as “duas vítimas permanecem sem identidades comprovadas”. Conforme a pasta, as “diligências estão em andamento para localizar os autores dos homicídios”.

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