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Vítima de acidente em ultraleve passa por cirurgia no IJF

Davi Freitas, de 60 anos, teve fratura nas duas pernas e ferimentos no rosto. Quadro de saúde é estável
18:05 | Jan. 15, 2018
Autor Rubens Rodrigues
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Rubens Rodrigues Repórter do OPOVO
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Tipo Notícia
[FOTO1]Única vítima de acidente com ultraleve na manhã desta segunda-feira, 15, em Aquiraz, Davi Freitas, 60 anos, passa por cirurgia no Instituto Doutor José Frota (IJF). De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, a cirurgia ainda ocorria por volta das 15h40min, com quadro de saúde estável da vítima. Sem necessidade de passar por perícia, a aeronave foi liberada pela Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) por volta de meio dia.

Davi Freitas teve fratura externa em uma das pernas e fratura interna na outra, além de ferimentos no rosto. Ele foi levado consciente em aeronave com Unidade de Terapia Intensiva (UTI) móvel da Ciopaer. O ultraleve sobrevoava um terreno nas margens da Lagoa do Catu onde perdeu o controle e caiu em um terreno de difícil acesso, na localidade de Piau. Moradores relataram que a aeronave ficou presa em um cajueiro antes de cair no chão.

De acordo com o assessor da Ciopaer, Marcus Costa, o acidente foi informado por volta das 10h50min. "Rapidamente efetuamos o primeiro atendimento com a equipe terrestre do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e a vítima foi retirada da aeronave, imobilizada e conduzida ao IJF", afirmou.

Um funcionário do Clube de Aviação Catuleve, localizado na Estrada da Riviera, em Aquiraz, afirmou que o voo teria saído do aeródromo, pouco depois das 9 horas. "Pela regra, as pessoas precisam ser cadastradas no aeródromo", disse Marcus Costa. "Um dos pilotos que estava na aeronave da Ciopaer que fez o resgate e é especialista em acidente aeronáutico relatou que houve alguma perda de controle, o que fez com que o ultraleve viesse a se chocar contra a árvore".
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"Tecnicamente, a aeronave não é um avião. Está na categoria experimental, sendo operada por conta e risco do piloto", explica. "É uma aeronave de recreio. Não está homologada para voo comercial, por isso a investigação é mais simples, facultativa, e não passa por perícia". contou Costa.  Conforme a Ciopaer, o Código Brasileiro de Aeronáutica prevê que cabe ao proprietário ou operador a retirada do equipamento.
  
Ainda segundo o assessor da Ciopaer, a aeronave não seria de Davi Freitas. Moradores que estiveram no local momentos após o acidente afirmam que a vítima contou que seria um potencial comprador.
  
A dona de casa Ana Sena, 24 anos, ouviu o barulho forte por volta das 9h30min. "Joguei tudo que eu tinha nas mãos, umas roupas, no chão e saí correndo. Já tinha uns homens que cuidam de uma horta aqui perto socorrendo", relata.

A moradora Lucilene Beata, 35 anos, disse que a vítima contou com a ajuda de uma técnica de enfermagem que também mora na localidade do Piau. "Ela chegou e começou a conversar com ele, mandando ele ficar acordado. Ele reclamava muito de dor. Falava que achava que não aguentaria". 
 
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que o piloto estaria realizando testes no equipamento de prefixo PU-HCJ quando o acidente ocorreu. O comunicado ainda diz que houve um princípio de incêndio no equipamento, mas foi rapidamente controlado.

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