Trabalhadores da construção civil bloqueiam CE-350
Categoria reivindica melhores condições de trabalho na construção do presídio de segurança máxima da via. Obras está paralisada há duas semanasAtualizada às 15h05min
Cerca de 50 trabalhadores da construção civil protestaramm na CE-350, em Aquiraz, 32,3 km de Fortaleza, na manhã desta quinta-feira, 20. A Polícia Rodoviária Estadual (PRE) informou que uma equipe foi ao local para monitorar o trânsito e a via ficou bloqueada com troncos; o Corpo de Bombeiros e o Batalhão de Choque também foram acionados, mas não houve confronto.
De acordo com o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil da Região Metropolitana de Fortaleza (STICCRMF), Nestor Bezerra, a obra do presídio de segurança máxima - Cadeia Pública de Jovens e Adultos-, localizado no km 1 da CE-350, está paralisada há duas semanas. “Não há equipamentos necessários e os salários são reduzidos. Eles [trabalhadores] estavam trabalhando com suas próprias roupas, sem nenhuma segurança”, explica Nestor.
O coordenador afirma ainda que a categoria entrou em contato com o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Ceará (Sinduscon-CE) e com a empresa responsável pela obra, a Duplo M Engenharia, mas ainda não obteve retorno. “Esse protesto é para ver se alguém se manifesta sobre a situação dos trabalhadores, que sofrem diversos abusos dentro do local de trabalho”, completa.
O POVO Online entrou em contato com a Duplo M Engenharia e foi informado que o responsável pela assessoria não estava no local e só poderia responder no dia seguinte. Em nota, o Sinduscon-CE disse que os trabalhadores da obra estão filiados com a Federação dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário do Estado do Ceará (FETICOMCE-CE). "O Sinduscon-CE não reconhece o STICCRMF para intermediar reivindicações de trabalhadores que são representados legalmente por outra organização sindical", completa.
O coordenador do STICCRMF, por outro lado, afirma que os trabalhadores convocaram a representação do sindicato. "Os trabalhadores não aceitam ser representados pela Federação e nos pediram apoio, pois com essa filiação eles não conseguem vale-transporte, regulamentação da jornada, cesta básica, etc", defende Nestor.
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