Quatro denunciados por campanha de ódio contra Maria da Penha

Quatro pessoas são denunciadas por campanha de ódio contra Maria da Penha em documentário

Suspeitos teriam usado documentos falsos e disseminação de notícias falsas nas redes sociais para prejudicar a imagem da ativista cearense
Atualizado às Autor Kleber Carvalho Tipo Notícia

O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) denunciou quatro pessoas por crime de ódio contra a ativista cearense no combate ao feminicídio, Maria da Penha. A denúncia, feita nesta quarta-feira, 17, relata o uso de documentos forjados, notícias falsas e um documentário para prejudicar a imagem da farmacêutica.

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De acordo com o Núcleo de Investigação Criminal (Nuinc) do MPCE, os suspeitos cometeram crimes de intimidação sistemática virtual (“cyberbullying”) e perseguição (“stalking”/”cyberstalking”), a fim de descredibilizar a luta de Maria da Penha e a lei de enfrentamento à violência doméstica no País, que leva seu nome.

Entre os artifícios usados para atingir a cearense está um documento público falsificado, exibido em um documentário que difama a farmacêutica. Os suspeitos foram denunciados por falsificação de documento público e uso de documento falso.

O caso tramita em segredo de justiça na 9ª Vara Criminal de Fortaleza.

Investigação é tocada em caráter interestadual

Iniciada em 2024, a operação "Echo Chamber", que apura os crimes de ódio contra Maria da Penha, resultou na suspensão de perfis nas redes sociais que reproduziam os conteúdos misóginos e proibição de aproximação entre os investigados e a família da ativista.

Em julho de 2025, buscas em Natal apreenderam documentos e eletrônicos, incluindo um pen drive com o laudo adulterado. O material levou à suspensão da veiculação do filme.

O trabalho é realizado por parceria do MPCE com os Grupos de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECOs) do Rio Grande do Norte, do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.

Pela gravidade dos ataques, Maria da Penha foi incluída no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos pelo Núcleo de Acolhimento às Vítimas de Violência (Nuavv) do MP do Ceará.

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