Ceará e Brasil registram aumento de internações por síndrome respiratória aguda grave

Fortaleza e outras 18 capitais também têm tendência de alta e óbitos por influenza se aproximam dos de covid-19 em números

O Ceará e o Brasil registram o aumento de casos e internações por síndrome respiratória aguda grave causada principalmente pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e a influenza A (o vírus da gripe), segundo o boletim InforGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz). Os dados do relatório foram coletados nos dias de 7 a 13 de abril.

Apesar do aumento de casos das doenças respiratórias, os casos de Covid-19 apresentam queda ou estabilidade em alguns estados. Nas últimas quatro semanas, 54,9% dos casos de síndromes respiratórias foram de infecções causadas por vírus sincicial, enquanto a influenza A é responsável por 20,8% dos casos.

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Em relação às mortes, dos que foram contabilizados, as mortes por influenza vêm se aproximando dos números das mortes causadas pela Covid-19 "por conta da diferença do quadro de diminuição da Covid-19 e aumento de casos de influenza".

O boletim destaca que o aumento a longo prazo se dá quando se observa uma tendência de seis semanas de alta, o que acontece nos números de internações e casos tanto da Influenza como da VSR.

O coordenador do InfoGripe Marcelo Gomes lembra que a campanha de vacinação contra a gripe continua em todo o País. "A vacina da gripe, tal qual a vacina da Covid, têm como foco diminuir o risco de agravamento de um resfriado, que pode acabar desencadeando uma internação e até, eventualmente, uma morte", afirma.

"Em relação ao VSR, a rede privada tem uma vacina já disponível para idosos, que também é muito importante, já que embora o risco do VSR seja muito maior nas crianças pequenas, a gente também observa internações nos idosos", continua Marcelo Gomes.

Segundo os dados da FioCruz, além do Ceará, outros 19 estados apresentam sinal de crescimento de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na tendência de longo prazo: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

Entre as capitais, Fortaleza também aparece com tendência de alta nos casos. Além da capital cearense outras 18 mostram indícios de aumento: Aracaju (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Manaus (AM), Palmas (TO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA) e São Paulo (SP).

Em relação a circulação da Covid-19, há um sinal de queda nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Nas outras regiões há estabilidade de números considerados baixos.

Dos casos registrados nas quatro últimas semanas epistemológicas, os vírus que prevalecem são:

  • Vírus Sincicial Respiratório (54,9%)
  • Influenza A (20,8%)
  • Sars-Cov2/Covid-19 (14,9%)
  • Influenza B (0,3%)

Já em relação ao número de óbitos, é possível de fato observar uma proximidade no número de mortes causadas por Influenza e por Covid-19:

  • Sars-Cov2/Covid-19 (47,3%)
  • Influenza A (40,8%)
  • Vírus Sincicial Respiratório (10,7%)
  • Influenza B (0%)

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internação Ceará Gripe vírus sincicial respiratório Covid-19 Aumento

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