Ceará lança painel de monitoramento de dados da violência contra população LGBTQIA+

Recurso interativo pode ser acessado pela população para ter ciência dos números da violência contra a comunidade

Como forma de dar visibilidade aos desafios e crimes que ainda reprimem a população LGBTQIA+, o Governo do Ceará lançou o painel interativo de monitoramento dos dados relativos à violência sofrida por essa população.

O lançamento realizado nesta quinta, 29, contou com a presença de várias autoridades, como a vice-governadora Jade Romero e os deputados estaduais Renato Roseno (Psol) e Lia Gomes (PDT), a secretária de estadual da diversidade Mitchelle Meira e Symmy Larrat, Secretária Nacional dos Direitos da População LGBTQIA+.

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Durante a apresentação aos presentes da solenidade, Nabupolasar Alves, titular da Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp), realizou explicação da interatividade do painel, explicitando as possibilidades de filtragem de dados que ele realiza.

Entre as opções, quem abrir o painel em busca de dados, vai poder filtrá-los por datas, selecionando meses, dia ou ano, além de informações sobre lugares com maiores incidências dos crimes e a tipificação desses delitos. Dessa forma é possível coletar dados sobre datas como Carnaval, ou os períodos eleitorais.

Também é possível obtenção de dados referente às vítimas dos crimes, como forma de tornar público o debate sobre o tipo de perfil das vítimas, tido como fundamental para a formulação de políticas públicas. Nabupolasar Alves diz “que precisamos conhecer o problema e, conhecendo, vencê-lo”. O painel traz dados referentes à idade, escolaridade e até a profissão das vítimas.

A secretária estadual da Diversidade, Mitchelle Meira, disse que a coleta e a publicidade desses dados são fundamentais para a realização de políticas de enfrentamento. “O estado do Ceará tem uma transparência nos dados, e também a gente sempre vem trabalhando para que a gente tenha os dados e para que esses dados também sejam transformados em política pública”.

Secretária Nacional dos Direitos da População LGBTQIA+, Symmy Larrat afirmou que o que o Ceará está realizando é um exemplo a ser seguido por outros estados. 

“Já tem um sistema a nível nacional de dados que os estados têm que alimentar, quando a gente olha um sistema desse que trás a especificidade LGBTQIA+, a gente olha como inspiração. Então sim, a gente tem que olhar de perto a execução disso para tentar replicar nacionalmente, mesmo entendendo que a segurança é responsabilidade dos estados e que não há uma obrigatoriedade nesse repasse de informação. A gente sai daqui cheia de inspiração”, avaliou Larrat.

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segurança pública direitos humanos painel de monitoramento violência contra população LGBTQIA+

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