Situação das calçadas no Ceará é gargalo para acessibilidade de PcD, diz presidente do CAU

O cenário da acessibilidade no Ceará tem melhorado de forma geral, entretanto ainda não é suficiente para garantir o conforto das pessoas com deficiência (PcD). A informação foi compartilhada pelo presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Ceará (CAU/CE), Lucas Rozzoline, à rádio O POVO CBN Cariri.

Os avanços foram considerados diante da comemoração do dia nacional da Acessibilidade, comemorado no dia 5 de dezembro. Segundo o presidente, as conquistas nos últimos 20 anos foram especialmente na disposição legal.

Além dos pontos legais, houve implementação de estruturas no campo de saúde, que tem atendido cadeirantes e pessoas com baixa visão, inclusive crianças e gestantes que necessitam de maior acessibilidade.

De acordo com Lucas, mais de 10% da população brasileira possui algum tipo de deficiência de mobilidade.

Apesar disso, ainda há muitas situações que dificultam a mobilidade e acesso para a população que necessita dessas facilidades em muitos municípios do estado do Ceará.

Dentre os desafios, o arquiteto destaca a qualidade das calçadas e a padronização de passeios como um ponto essencial a melhorar. Em relação a Fortaleza, ele informa que das 27 capitais brasileiras avaliadas na qualidade das calçadas, o município ficou na penúltima posição, sendo a quarta capital mais populosa do País.

“Se você se imaginar como uma pessoa cega ou cadeirante, você verá que as cidades não oferecem espaços adequados, principalmente em relação aos espaços públicos com a padronização dos passeios. Em Juazeiro do Norte, a situação das calçadas é muito ruim, com as pessoas preferindo caminhar nas ruas”, pontua o arquiteto.

Tags