Documentos de homem preso por arrastão em concessionária foram comprados a 1.600 km de Fortaleza

Homem preso no Pará, que era registrado com identidade falsa dentro do sistema prisional paraense, confessou que ideia era "burlar a Justiça" e escapar de processos por crimes cometidos antes de 2018

O assaltante condenado no Pará, que há quase cinco anos está registrado no sistema prisional daquele estado com os mesmos dados do motorista de aplicativo cearense Gabriel Henrique de Lima Damasceno, preso em Fortaleza pelo arrastão a uma concessionária de veículos, confessou que adquiriu a documentação falsificada em Marabá. A cidade paraense fica a 1.600 km da capital cearense.

Imagem do detento preso no Pará
Imagem do detento preso no Pará (Foto: REPRODUÇÃO)

Gabriel foi um dos oito homens presos em flagrante por participar do roubo a uma concessionária, no bairro Guararapes, em Fortaleza. No episódio, 13 veículos foram levados do local no mesmo momento. Até a tarde desta segunda-feira, ele era o único dos acusados pelo caso que permanecia preso - na Unidade Prisional Professor Olavo Oliveira 2 (UPPOO 2), em Itaitinga.

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No último dia 23, a juíza da 11ª Vara Criminal, Sandra Elizabete Jorge Landim, concedeu alvará de soltura para todos os participantes do arrastão, mas somente o de Gabriel ainda não havia sido cumprido. Justamente por conta da situação inusitada descoberta. Após 50 dias, Gabriel foi solto no fim da tarde desta segunda-feira.

Em depoimento, George Lucas da Cunha Sousa, como foi identificado o preso no Pará, admitiu que sua ideia era "burlar a Justiça" para escapar de outros processos por crimes cometidos antes de 2018. Foi nessa época que ele teria adquirido os documentos forjados.

Nascido em Uruaçu, em Goiás, desde dezembro de 2019 ele está recolhido em cadeias paraenses. É sentenciado por assalto a mão armada e corrupção de menores. Atualmente, cumpre pena de 16 anos e oito meses no Complexo Penitenciário Vitória do Xingu, a 810 km da capital Belém.

A situação de um Gabriel falso e um verdadeiro presos nos dois Estados foi repassada pelo sistema penitenciário cearense à Secretaria de Administração Penitenciária do Pará, que não sabia da irregularidade. O POVO procurou o órgão paraense, na última quinta-feira, 30, que não se pronunciou a respeito. 

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