CGD investiga delegado, inspetor e três PMs após denúncias de violência doméstica

Cinco procedimentos para apurar a conduta dos agentes de segurança foram abertos e divulgados no Diário Oficial do Estado (DOE) desta segunda-feira, 10

A Controladoria Geral de Disciplina (CGD) abriu procedimentos para apurar as condutas de um delegado, um inspetor, um subtenente, um sargento e um soldado após denúncias de violência doméstica contra as respectivas ex-companheiras. Foram abertos cinco procedimentos para investigar os casos, todos publicados no Diário Oficial do Estado desta segunda-feira, 10. Os cinco casos aconteceram nos anos de 2019, 2018, 2020 e 2022. 

O primeiro caso é de um subtenente da PMCE denunciado pela ex-companheira por ocorrência do dia 16 de junho de 2019, no bairro Jereissati III, em Maracanaú. Foi instaurado inquérito na Delegacia de Defesa da Mulher de Pacatuba.

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A vítima relatou que sofreu violência doméstica sendo agredida com um soco no rosto, vindo a quebrar os óculos, e que sofreu ameaça de morte. Desde a separação do casal há conflitos. Foi aberta sindicância para apurar a conduta do militar.

O segundo caso envolveu um soldado da Polícia Militar e a ex-companheira no bairro Araturi, em Caucaia. Caso registrado no dia 11 de setembro de 2018. Na situação, a vítima relatou que o PM não estava ajudando nas despesas do filho do casal, que era estudante e menor de idade, há oito meses, mesmo trabalhando na corporação.

Em razão da falta da ajuda financeira, a vítima afirmou que os dois discutiram, e o agente de segurança desferiu um tapa no rosto e feriu sua boca, conforme ela. A sindicância administrativa também foi aberta para apurar a situação.

O terceiro caso envolveu um sargento da PM que foi acusado pela ex-companheira por lesão corporal, ameaças, injúria, calúnia e dano material. O caso foi registrado no dia 27 de setembro de 2020, após um desentendimento.

A vítima afirmou que foi atingida várias vezes no pescoço com a chave do carro e que o militar arrancou das mãos da denunciante o telefone celular, arremessando o objeto ao solo. Ainda informou que se a vítima acionasse a Coordenadoria Intgrada de Operações de Segurança (Ciops), ele não ia responder por homicídio e não por agressão.

O quarto caso envolveu um delegado da Polícia Civil, em uma ocorrência de 16 de abril de 2022. A ex-companheira dele afirma que o casal discutiu por causa de uma dívida de R$ 4 mil que ela tinha com o delegado e que depois da discussão verificou que o delegado havia levado as chaves de casa, fazendo a permanecer trancada das 8 horas até a manhã do dia seguinte, dia 17 de abril, pois conseguiu destravar o portão elétrico.

Além disso, ela relatou que o delegado fez uma publicação na rede social com um poema que a ex-companheira entendeu como uma ameaça, o que a fez procurar a delegacia de Maranguape. Conforme o Diário Oficial do Estado (DOE), a vítima afirmou que o homem entrou em contato oferecendo R$ 1.200 para que ela retirasse a queixa.

O quinto caso envolve um inspetor da Polícia Civil em uma ocorrência com a esposa dele, que registrou um Boletim de Ocorrência em desfavor do policial civil por crime de ameaça no dia 3 de março de 2018, informando que o homem estava em uma das fazendas do casal e que o inspetor teve surtos que o deixavam descontrolado e violento.

Além disso, no dia 29 de maio de 2017, ele efetuou tiros dentro da residência da ex-esposa, conforme ela. Os tiros teriam atingido locais da casa e o veículo de propriedade do ex-esposa do policial civil. A vítima não estava em casa no momento dos disparos. Também foi instaurado processo para apurar a conduta do inspetor.

Os nomes dos respectivos servidores não são divulgados para proteger as vítimas. 

 

Violência contra a mulher - o que é e como denunciar?

 

Veja como buscar ajuda

Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180

Delegacia de Defesa da Mulher de Fortaleza (DDM-FOR)
Rua Teles de Souza, s/n - Couto Fernandes
Contatos: (85) 3108 2950 / 3108 2952

Delegacia de Defesa da Mulher de Caucaia (DDM-C)
Rua Porcina Leite, 113 - Parque Soledade
Contato: (85) 3101 7926

Delegacia de Defesa da Mulher de Maracanaú (DDM-M)
Rua Padre José Holanda do Vale, 1961 (Altos) - Piratininga
Contato: 3371 7835

Delegacia de Defesa da Mulher de Pacatuba (DDM-PAC)
Rua Marginal Nordeste, 836 - Jereissati III
Contatos: 3384 5820 / 3384 4203

Delegacia de Defesa da Mulher do Crato (DDM-CR)
Rua Coronel Secundo, 216 - Pimenta
Contato: (88) 3102 1250

Delegacia de Defesa da Mulher de Icó (DDM-ICÓ)
Rua Padre José Alves de Macêdo, 963 - Loteamento José Barreto
Contato: (88) 3561 5551

Delegacia de Defesa da Mulher de Iguatu (DDM-I)
Rua Monsenhor Coelho, s/n - Centro
Contato: (88) 3581 9454

Delegacia de Defesa da Mulher de Juazeiro do Norte (DDM-JN)
Rua Joaquim Mansinho, s/n - Santa Teresa
Contato: (88) 3102 1102

Delegacia de Defesa da Mulher de Sobral (DDM-S)
Av. Lúcia Sabóia, 358 - Centro
Contato: (88) 3677 4282

Delegacia de Defesa da Mulher de Quixadá (DDM-Q)
Rua Jesus Maria José, 2255 - Jardim dos Monólitos
Contato: (88) 3412 8082

Casa da Mulher Brasileira

A Casa da Mulher Brasileira é referência no Ceará no apoio e assistência social, psicológica, jurídica e econômica às mulheres em situação de violência. Gerida pelo Estado, o equipamento acolhe e oferece novas perspectivas a mulheres em situação de violência por meio de suporte humanizado, com foco na capacitação profissional e no empoderamento feminino.

Telefones para informações e denúncias:

Recepção: (85) 3108 2992 / 3108 2931 – Plantão 24h
Delegacia de Defesa da Mulher: (85) 3108 2950 – Plantão 24h, sete dias por semana
Centro Estadual de Referência e Apoio à Mulher: (85) 3108 2966 - segunda a quinta, das 8 às 17 horas
Defensoria Pública: (85) 3108 2986 - segunda a sexta, das 8 às 17 horas
Ministério Público: (85) 3108 2940 / 3108 2941, segunda a sexta, das 8 às 16 horas
Juizado: (85) 3108 2971 – segunda a sexta, das 8 às 17 horas

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