Professor fala sobre cotas raciais em concursos e dá dicas de estudo

Gustavo Brígido, professor de curso preparatório para concursos públicos, traz dicas de estudos para quem quer começar a se preparar para provas

Em entrevista à Rádio O POVO CBN, o professor Gustavo Brígido, fundador do Curso Gustavo Brígido, preparatório para concursos, falou um pouco sobre os estudos preparatórios em tempos de pandemia e trouxe maiores esclarecimentos sobre as cotas raciais nos concursos estaduais no Ceará. A lei foi sancionada no último dia 23 de março e estabelece que 20% das cotas dos concursos públicos do Estado são destinadas para negros.

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Com o cenário de pandemia pelo novo coronavírus desde o ano passado, a aplicação de concursos em todo o País foi paralisada. Com o decreto nº 34.058 do governador Camilo Santana (PT), publicado em 1º de maio de 2021, a realização de concursos e seleção públicas destinadas ao preenchimento de cargos ou funções no serviço público foi liberada novamente.

Para que os parâmetros de exigência da nova legislação de cotas raciais sejam cumpridos, no ato da inscrição, o candidato se autodeclara preto ou pardo, de acordo com os requisitos para cor e raça do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A validação da participação no concurso pelo sistema se dá por método onde a identificação étnico-racial de um indivíduo é feita a partir da percepção social de outra pessoa.

“Até pouco tempo, isso gerava uma grande discussão em torno das cotas. Bastava a pessoa se declarar como negra para ser suficiente conseguir a cota racial. Agora, o processo mudou; tem toda uma comissão de identificação que vai avaliar a condição do participante, somando o que é declarado com o que é real”, explica o professor.

Dessa maneira, a comissão é formada por um grupo heterogêneo de profissionais que faz a avaliação dos que se declaram negros, validando ou não o uso das cotas raciais para determinados participantes. As vagas reservadas para os candidatos negros constarão nos editais dos concursos públicos estaduais.

Estudos preparatórios

 

Sobre os estudos preparatórios, Gustavo aconselha que o participante não deve esperar pelo edital para iniciar uma rotina de estudos. "Não tem por quê esperar. É estudar, se esforçar, entregar o seu melhor e fazer o cenário difícil de pandemia que estamos vivendo se tornar o momento em que muitas pessoas vão resolver suas vidas por meio da aprovação em um concurso público", incentiva.

O professor explica que a motivação do concurseiro não deve ser apenas de não querer enfrentar o mercado de trabalho ou de querer garantir estabilidade financeira, já que a rotina de estudos para concursos pode ser, por vezes, mais puxada do que o mercado. 

“Quem estuda para concurso tem uma rotina muito mais extensa e complexa do que o mercado de trabalho. Estudar cansa muito mais do que estar no ambiente profissional [...] Se deve fazer concurso pensando em servir ao público, não só em ganhar dinheiro”, explica.

Ainda, Gustavo defende o funcionamento dos cursos preparatórios para os concursos, desde que sejam cumpridos todos os protocolos de segurança, mesmo com a vacinação já sendo aplicada em todo o País. "Os concursos públicos aquecem a economia. As pessoas vão retomar seu espaço onde estão sendo ofertadas muitas vagas", finaliza o professor.

 

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