Adesão de farmácias ao projeto piloto de vacinação é pouco provável, diz presidente da Abrafarma

Projeto tem o intuito de expandir os pontos de vacinação para os grupos prioritários, e dessa forma contribuir para diminuir as aglomerações nos outros postos de imunização no município

A adesão de farmácias ao projeto piloto de vacinação contra a Covid-19, idealizado pelo Governo do Estado, é “pouco provável”, diz Sérgio Barreto, presidente da Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (ABRAFARMA) em entrevista à Rádio OPOVO CBN.

Publicado no Diário Oficial do Estado na última quinta-feira, 6, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) abriu um edital de chamamento público para que as farmácias de Fortaleza possam fazer parte de um projeto piloto de vacinação contra a Covid-19. O projeto tem o intuito de expandir os pontos de vacinação para os grupos prioritários, e dessa forma contribuir para diminuir as aglomerações nos outros postos de imunização no município.

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Segundo o presidente da Abrafarma, as exigências do edital de chamamento público superam as estruturas que as farmácias podem oferecer. Algumas das exigências são: espaço para drive-thru, espaço com cadeiras dentro da farmácia para acomodação das pessoas que serão vacinadas, a não realização de nenhum procedimento ambulatorial e de serviços farmacêuticos (como teste para Covid-19 e aplicação de injetáveis). 

Ele também fala que alguns estados já aderiram ao uso de farmácias como postos de vacinação, mas sem todas as exigências presentes no edital do Governo do Ceará. “Mapeando, 325 farmácias (estariam) prontas para prestar esse serviço, com salas injetáveis e um profissional farmacêutico já com o curso habilitado, no Ceará. Já temos cerca de 250 farmácias operando em locais como São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. A nossa proposta é usar até 5 mil dessas farmácias no Brasil inteiro”, relata.

“São pontos que complicam um pouco a operação. A gente sabe que o espaço de uma farmácia é geralmente um espaço limitado. A gente tem que ter equipamento, mesas, computadores, que são muito fáceis de ser ter em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), mas é complicado se ter numa farmácia”, aponta Barreto.

As farmácias que forem selecionadas vão aplicar as vacinas do Sistema Único de Saúde (SUS), disponibilizadas em seringas compradas pelo Estado. Os imunizantes que podem ser utilizados são a CoronaVac e a AstraZeneca, que integram o Plano Nacional de Imunização (PNI).

O presidente acredita que o projeto piloto, para seja bem sucedido, deve ser revisto e, em um outro momento, a farmácia deve entrar quando tiver vacinando população como um todo. "Eu acho que esse momento de atestados médicos e atendimentos aos grupos prioritários, não deveria ser uma época que a gente atuasse, porque a gente não tem condições de atender todos esses requisitos e burocracias", comenta.

Barreto enfatiza ainda que as exigências para que uma farmácia faça parte desse projeto são muito cabais na visão da Abrafarma: “É pouco provável que não haja adesão das farmácias, porque as exigências são muito rigorosas”, comenta. 


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