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Dono de empresa de gás em Caucaia é preso em flagrante por adulterar oxigênio medicinal

A concessionária de gás comandada pelo empresário faz parte de uma rede de empresas que estariam adulterando oxigênio medicinal para fornecer à clínicas e a hospitais públicos do Estado
20:50 | Nov. 26, 2020
Autor Gabriela Almeida
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Gabriela Almeida Repórter O POVO
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Tipo Notícia

O dono da empresa Fortgás, em Caucaia, foi preso em flagrante nesta quinta-feira, 26, em um operação deflagrada pelo Ministério Publico do Estado (MPCE-CE), batizada de "Oxida". De acordo com o órgão, a concessionária de gás comandada pelo homem faz parte de uma rede de empresas que estariam adulterando oxigênio medicinal para fornecer a clínicas e a hospitais públicos do Estado. 

O órgão relatou que a prisão em flagrante aconteceu após ser encontrado inúmeros cilindros destinados a oxigênio medicinal no estabelecimento, que estariam sendo preparados para receber oxigênio industrial. De acordo com o artigo 273 do Código Penal, a prática de "falsificar, corromper ou adulterar um produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais" é considerada crime, com punição de multa ou de prisão, que pode ir de 10 a 15 anos. 

A operação foi deflagrada após o órgão ter recebido denúncias e iniciado uma investigação por meio do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO). Foram expedidos pela 11ª Vara Criminal de Fortaleza 11 mandatos de busca e apreensão, destinados a empresas localizadas nos municípios: Fortaleza (3), Caucaia (2), Eusébio (1), Juazeiro do Norte (2), Barbalha (1) e Jaguaribe (2).

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De acordo com as denúncias, esses empreendimentos estariam adquirindo oxigênio legalizado de empresas credenciadas para "disfarçar" ação com a compra e em seguida adulteravam a substância ao misturarem ela com gases industriais, entre outros, para venderem como se fosse medicinal.

Ainda segundo o promotor, além da prisão do empresário, a ação resultou na apreensão de diversos documentos e de cilindros, destinados à perícia. "A conduta desses empresários pode resultar em homicídios, na morte de pacientes", destacou Patrick, frisando a gravidade do caso.

A operação contou com o apoio de órgãos como a Polícia Civil (PC), a Coordenadoria Integrada de Planejamento Operacional (COPOL) e a Perícia Forense (Pefoce). O POVO tenta contato com a empresa para esclarecer ocorrido e aguarda retorno.

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