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Projeto cearense que usa pele da tilápia para tratar queimaduras concorre a prêmio nacional

Em cinco anos de realização, iniciativa de pesquisadores da Universidade Federal do Ceará já venceu 12 premiações nacionais e duas internacionais
17:41 | Jul. 13, 2020
Autor Gabriela Almeida
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Gabriela Almeida Repórter O POVO
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Tipo Notícia

O projeto cearense que usa pele da tilápia para tratamento de queimaduras e outras aplicações na medicina, está concorrendo ao primeiro lugar no Prêmio Euro Inovação em Saúde 2020, uma das maiores láureas de inovação médica do Brasil. Desenvolvido no Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM) da Universidade Federal do Ceará (UFC), o estudo concorre a posição após disputar com mais de 1500 inscritos e ficar entre os 10 melhores.

Caso vença, esse será o 15° prêmio conquistado pela equipe de mais de 200 pesquisadores cearenses, entre alunos e orientadores, que trabalham na iniciativa. Em cinco anos de realização, o projeto já tem 12 prêmios nacionais e já chegou a vencer duas premiações internacionais. 

Para o médico e diretor do NPDM, Odorico de Moraes — um dos cinco orientadores à frente do projeto —, conquistar o Prêmio Euro Inovação em Saúde 2020 seria muito importante para a medicina no Ceará e para a Universidade. “É um estado que não tinha muito histórico de conquistas nessa área. Isso mostra o quanto a UFC está investindo na pesquisa”, aponta o médico.

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A votação segue em andamento, no entanto, apenas médicos podem participar. Para votar, é preciso acessar o link: https://premioeuro.com.br/cadastro/medico e realizar um cadastro, que dará acesso a todas as iniciativas em votação.

Técnica inovadora

A técnica cearense do uso da pele da tilápia é uma forma menos dolorosa e mais econômica para as pessoas que sofrem com queimaduras. De acordo com Odorico, o procedimento aumenta as chances de cicatrização da pele, diminui a sensação de incômodo e custa bem menos do que tratamentos convencionais.

Desde que foi anunciada, a técnica já chegou a ser utilizada em unidades como o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Rio de Janeiro, que usou procedimento para tratar de ferimentos causados por água fervente. Com a alta repercussão, projeto chegou a ser considerado pelo presidente Jair Bolsonaro para ser incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com Odorico, o projeto está na fase de industrialização. Ou seja, a empresa responsável por transformar o procedimento em produto já está trabalhando para isto, criando a possibilidade de que, até o final de 2021, segundo afirma o médico, o produto possa ser comercializado.

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