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Ceará supera momento mais crítico da crise hídrica, com 32.7% da capacidade dos reservatórios alcançada

Quatro das doze regiões hidrográficas já superaram os 80% da sua capacidade. Entre elas, destacam-se o Litoral e Coreaú, que estão mais próximas de atingir o volume máximo
15:02 | Abr. 28, 2020
Autor Ismia Kariny
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Ismia Kariny Estagiária O POVO online
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Tipo Notícia

Ceará supera o momento mais crítico da crise hídrica com recargas mais importantes nos reservatórios cearenses, desde 2012. Com as chuvas bem distribuídas nesta quadra chuvosa, a capacidade dos açudes alcançou o volume médio de 32.7%, superior em 18.2% ao observado no início deste ano. Conforme a resenha diária da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), quatro das doze regiões hidrográficas já superaram os 80% da sua capacidade. Entre elas, destacam-se o Litoral e Coreaú, que estão mais próximas de atingir o volume máximo.

Nesse percentual de 32.7%, que é a média uniforme do Estado, o diretor de operações da Cogerh, Bruno Rebouças, destaca o resultado analisado em três das principais regiões hidrográficas, localizadas na porção Norte e Noroeste do Ceará. São elas o Litoral, Coreaú e Acaraú, que estão mais perto de atingir a capacidade máxima dos reservatórios, com respectivamente 99,6%, 98,9% e 90,8% atingidos. Há ainda a região da Serra da Ibiapaba, mais a oeste do Estado, que chegou a 80,4% do seu volume total.

 

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Apesar dos resultados positivos, Bruno Rebouças comenta que a Cogerh permanece em alerta, visto que a bacia do Banabuiú, por exemplo, se encontra com o menor volume entre as regiões, alcançando 12.3% do nível de água que suporta. “Essas três regiões Litoral, Coreaú e Acaraú, têm tido uma maior concentração de chuvas, mas como podemos observar a Região Hidrográfica do Banabuiú ainda precisa de mais chuvas para elevar o nível dos reservatórios”, avalia.

Castanhão atinge o maior volume desde 2014

Em relação aos grandes reservatórios do Ceará, o diretor de operações da Cogerh chama atenção para o açude Castanhão, que alcançou o maior volume desde 2014, com o total de 973.420 hm³ dos 6,700.000 hm³ que suporta. Esse volume é equivalente a 14.53% da capacidade máxima do reservatório, superior em 9,2% do observado no mesmo período do ano passado e 11,7% a mais que o registrado no início de 2020. “O açude teve um ganho expressivo, mas permanece ainda em condição de alerta”, comenta Bruno, considerando que o reservatório segue abaixo dos 30%.

Outro grande reservatório cearense, o açude Orós, iniciou o ano com cerca de 100.000 hm³, acumulando durante esses quatro meses o total de 480.670 hm³, segundo a última atualização do Portal Hidrológico da Secretaria dos Recursos Hídricos, nesta terça-feira, 28. Esse volume apontado é equivalente a 24.78% da capacidade total do açude. Já o Banabuiú, entre os principais reservatórios, foi o que teve menor recarga neste ano. O açude passou de aproximadamente 99.000 hm³ para 180.620hm³, com um total de 11.3% atingidos.

“Isso chama atenção para que a gente mantenha sempre a diligência e a economia de água, tão importante nessa nossa região semiárida, que tem uma distribuição irregular de chuva no tempo e no espaço”, comenta Bruno. Em contrapartida, o diretor de operações destaca que o açude Araras, quarto maior reservatório do Estado, atingiu o nível de vestimento, alcançando 100% da sua capacidade. Um resultado que mostra o quanto as chuvas têm sido expressivas no Ceará nos últimos meses.

Situação geral dos açudes

Foram registrados aportes em 113 açudes dos 155 monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), até esta terça-feira, 28. Ao todo, 48 estão sangrando e nove estão acima dos 90% da capacidade. Restam ainda 50 reservatórios com volume abaixo dos 30%. Segundo a resenha diária da Cogerh, apenas o açude Madeiros permanece com volume morto.

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