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Castanhão registra o maior nível desde 2015, mas situação hídrica ainda requer uso racional

Em dezembro de 2015, o Castanhão registrava 12,20% do volume total; em 22 de abril de 2020, o açude alcançou 13,06%

O açude Castanhão registrou 13,06% da capacidade total de 6 bilhões e 700 milhões de metros cúbicos (m³) nessa quarta-feira, 22. É o maior nível desde dezembro de 2015, quando preencheu 12,20%. Os dados são da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), em boletim atualizado às 20h59min de ontem.

De acordo com Hermilson Freitas, gerente regional da Cogerh de Limoeiro do Norte, o Ceará está com uma boa quadra chuvosa em 2020, algo que não acontecia desde 2012. De março até abril deste ano, o volume do Castanhão subiu em 10,23 pontos percentuais. Só nas últimas 24h, o aporte permitiu uma subida 19 centímetros no nível da água, equivalente a mais de 16 milhões m³.

Além do prognóstico positivo da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) ter se concretizado, as chuvas também têm caído no “canto certo”. Para o Castanhão encher, é preciso chover na região do Cariri cearense. Ali, explica Hermilson, o Rio Salgado recebe as águas e elas seguem para o Rio Jaguaribe, que banha o açude.

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 Castanhão registra maior volume desde dezembro de 2015
Castanhão registra maior volume desde dezembro de 2015 (Foto: Reprodução/Coergh)



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Entretanto, o gerente regional reforça que o Castanhão ainda é um dos 55 açudes com menos de 30% do volume total. “Em relação à capacidade total [do Ceará] há de convir que estamos bem abaixo. Ainda requer cuidados, mesmo chovendo, mesmo estando dentro da quadra, mesmo a Funceme tendo apontado volumes acima da média”, alerta.

O cenário pode ser o melhor em quatro anos, mas ainda requer uso racional dos recursos hídricos. Hermilson conta, por exemplo, que foi preciso manter uma vazão de 1.200 litros por segundo mesmo durante o inverno para suprir necessidades de outras cidades. Geralmente, no primeiro semestre o açude tem vazão mínima, para reter o máximo possível de água.

“Ainda que abril tenha sido um mês de chuvas propícias, nós temos sim a necessidade de continuarmos com consumo responsável, principalmente nesse período da quarentena”, lembra o gerente. Afinal, as medidas de prevenção contra a Covid-19 envolvem higienização constante de ambientes e das mãos.

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