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Comportamento do diabetes é mapeado por alunos da rede estadual do município de Pedra Branca

A pesquisa dos estudantes será apresentada na feira internacional do Movimento Internacional para o Recreio Científico e Técnico (Milset)
09:49 | Mar. 11, 2020
Autor Ismia Kariny
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Ismia Kariny Estagiária O POVO online
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Tipo Notícia

Estudantes do curso de enfermagem da Escola Estadual de Educação Profissional (EEEP) Antônio Rodrigues de Oliveira desenvolveram pesquisa sobre o comportamento do diabetes na cidade de Pedra Branca, a 261 km de Fortaleza. O objetivo da pesquisa é estudar a relação da doença com o carboidrato, avaliar os hábitos alimentares da população do município e coletar dados que possam ser utilizados em campanhas de prevenção.

A partir da pesquisa, os alunos do terceiro ano do ensino médio conseguiram identificar a faixa etária, gênero, hábitos alimentares da população, e ainda a região mais afetada com o diabetes na cidade de Pedra Branca. "Nossa pesquisa relaciona a diabetes com o carboidrato, que é o amido. A gente entrou em contato com a gestão de Pedra Branca, e alguns dados específicos bateram com a nossa pesquisa", detalha Camila Alencar, 17.

Os alunos apuraram que entre os 3% dos entrevistados de Pedra Branca que possuem diabetes, há maior incidência da doença em pessoas do sexo feminino, entre 46 e 48 anos, que têm alimentação baseada em carboidratos. Além disso, os estudantes observaram que o bairro Centro é o que apresenta maior número de casos da doença.

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"Nosso município não tem programa que atue na prevenção da doença, há programas para combater quando ela já existe, não para prevenir", comenta a estudante Karine Lima, de 17 anos. Ela relata que a proposta do grupo é divulgar os dados para que as pessoas entendam como a doença se comporta, e então possam agir pela prevenção. A pesquisa foi carinhosamente intitulada de Damb II, fazendo relação entre as palavras "diabetes" e "amido".

O professor Renato Moreira participou de todas as etapas da pesquisa, orientando os alunos para o conhecimento do método científico e a sua aplicação. “A gente pensou em uma abordagem que tivesse impacto social e afetasse a população de Pedra Branca”, comenta o professor. Segundo Renato, a pesquisa pode ser expandida para outras pequenas cidades e tornar-se referência para a busca de métodos de combate ao diabetes.

A pesquisa dos estudantes será apresentada na feira do Movimento Internacional para o Recreio Científico e Técnico (Milset). A exposição incentiva o intercâmbio entre alunos pesquisadores que desenvolvem projetos científicos de relevância social. Além de Karine e Camila, também participam da equipe de desenvolvimento da pesquisa os estudantes de enfermagem Átyla Braga, de 17 anos, e Gustavo Silva, 16.

Os quatro alunos estão concorrendo a melhor projeto científico na categoria Data e Ciências da Natureza, com a chance de receber prêmios como troféus, medalhas, certificados, e a oportunidade de participar de outras feiras. Para Karine, a atuação do grupo em eventos de divulgação científica é uma forma de demonstrar a efetividade do ensino público. “É mostrar que a ciência pode transformar o aluno de alguma forma”, acrescenta.

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