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Senadores terão encontro com general Cunha Mattos nesta sexta-feira e se propõem a continuar diálogo

Em coletiva de imprensa, senadores afirmam que é preciso inibir a paralisação dos policiais militares no Ceará e evitar que ela se espalhe pelo País
12:23 | Fev. 21, 2020
Autor Catalina Leite
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Catalina Leite Repórter do OP+
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Tipo Notícia

Os senadores Elmano Férrer (Podemos-PI), Major Olimpio (PSL-SP) e Eduardo Girão (Podemos) pretendem continuar o diálogo com o governo e policiais militares (PM) amotinados. Em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira, 21, eles afirmam que se encontrarão com o general Cunha Mattos, comandante da 10ª Região Militar de Fortaleza, nesta tarde às 14h.

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Olimpio afirmou que continuará tentando negociar com o governador Camilo Santana (PT), apesar de Camilo ter garantido aos senadores que o limite de negociação teria sido o último acordo. “Nós vamos, formalmente, oferecer a nossa ajuda ao Comando das Forças Armadas, dentro da harmonia dos poderes.”

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Ainda, os senadores afirmaram que o governador Camilo Santana (PT) considera “inegociável’ a anistia de policiais amotinados. "Lá na frente o que resta são processos de demissão criminais”, comenta Major Olimpio. De acordo com o major, a anistia agora "desencadearia um sentimento de impunidade no País” - ela é a primeira demanda dos manifestantes.

O coronel Elias Miler pondera que Girão e o senador Tasso Jereissati (PSDB) trabalham para tomar medidas para que “situações drásticas não venham a acontecer”. “Nós temos que sempre ponderar. À luz da lei o movimento é ilegal, prende todo mundo e acabou. E a solução?”, questiona o diretor da Associação Nacional de Oficiais (Feneme).

No entendimento do Coronel, é preciso que o movimento seja resolvido no Ceará para inibir outras paralisações pelo País. “Muitos governos deixam esticar o máximo e subjugam por ser militar. Não digo que é o caso aqui”, critica.

Durante a coletiva, os senadores analisaram aspectos da paralisação e traçaram um perfil dos manifestantes. Para o senador Elmano Férrer, os agentes amotinados no Ceará são “praças expulsos de corporações e deslocados”. Segundo ele, a falta de disciplina e ordem culminou nas paralisações dos agentes. O senador Major Olimpio completa: são jovens “sem liderança definida” e que não avaliam o impacto da paralisação para a sociedade.

Com informações de Filipe Pereira.

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