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Como a Funceme mede a velocidade do vento no Ceará?

De acordo com o meteorologista David Ferran, existem cerca de 50 estações meteorológicos no Ceará, e a medição é feita com um aparelho chamado anemômetro.

Fortes ventos foram registrados em alguns municípios cearenses nos últimos dias, chegando a derrubar árvores em Fortaleza. O período do início do ano não é comum para o fenômeno, e por isso muitos cearenses foram pegos de surpresa. O POVO falou com o meteorologista David Ferran, da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), para saber o que causou e como são feitas as medições dos ventos.

De acordo Ferran, existem cerca de 50 estações meteorológicos no Ceará, e a medição é feita com um aparelho chamado anemômetro. O dispositivo fica em uma altura de 10 metros acima da superfície terrestre, sendo usado para classificar os ventos a partir da velocidade.

Para cada uma dessas velocidades existe uma designação correspondente. Na Escala de Beaufort, usada pela Funceme, são 13 classificações, de 0 a 12: calmo, aragem, brisa leve, brisa fraca, brisa moderada, brisa forte, vento fresco, vento forte, ventania, ventania forte, tempestade, tempestade violenta e furacão.

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Para ser considerado vento forte, a velocidade precisa estar entre 50 a 61 km/h; ventania entre 62 km/h e 74 km/h; e ventania forte entre 75 e 88 km/h. Acima disso é considerado tempestade (89 a 102 km/h) e tempestade violenta (103 a 117 km/h). Já para ser um furacão é preciso atingir 118 kh/h.

Além da velocidade do vento, também é levado em consideração o impacto em terra, isso porque de uma região para outra onde o anemômetro está localizado, a mediação da velocidade do vento pode variar. Os ventos gerados no primeiro semestre são muito localizados, então na maioria das vezes a estação meteorológica não mede onde acontece a maior rajada. “Pode estar um valor naquela estação, mas alguns quilômetros dali podem ter rajadas mais intensas”, diz Ferran.

Em média, o período que mais venta é no segundo semestre, quando existem fenômenos mais regulares. As rajadas máximas no primeiro semestre, entretanto, acontecem, sendo localizadas e de curta duração. “Nuvens do tipo Cumulonimbus provocam frentes de rajada. Quando começa a chover lá no topo da nuvem, gera um grande resfriamento e esse ar fica mais denso e costuma gerar frentes de rajadas, normalmente”, diz.

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