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Ceará apresenta um dos três menores salários médios do Brasil, aponta pesquisa

Levantamento mostrou que homens receberam salários 20,7% maores do que as mulheres
21:33 | Jun. 26, 2019
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O Ceará tem um dos menores salários médios pagos, no valor de 2,3 salários mínimos (s.m.), de acordo com dados do Cadastro Central de Empresas (Cempre), referente ao ano de 2017. O levantamento divulgado nesta quarta-feira, 26, feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que a remuneração do Estado fica atrás da Paraíba e Alagoas, no qual se pagam salários médios de 2,2 s.m., além de ser menor que a média nacional, de 3 s.m.. Os estados que oferecem os maiores salários médios são Distrito Federal (5,4 s.m.), Amapá (3,8 s.m.), São Paulo e Rio de Janeiro (3,5 s.m.).

Na análise por unidades da federação em relação à região Nordeste, o Ceará concentrou 146,4 mil no número de unidades locais - espaços para produção de bens e serviços - do Estado, sendo a segunda maior participação relativa (2,7%), perdendo apenas para Bahia (4,6%). Além disso, possui 1,6 milhão de pessoas ocupadas (3,1%); 1,4 milhão de trabalhadores assalariados (3,2%); e R$ 40,2 bilhões dos salários e outras remunerações (2,4%). A quantidade de empresas ativas no período era de 138.029.

O Estado teve redução de 1% do número de unidades locais. Porém, o Ceará apresentou ganho de 1,7% em relação às pessoas ocupadas e de 1,8% nos assalariados. Também houve um crescimento de 2,3% pelos ganhos de salários e outras remunerações.

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Diferença no salário pago a homens e mulheres

Em 2017, os homens receberam um salário médio mensal no valor de R$ 3.086, 20,7% superior ao das mulheres (R$ 2.555,84). Além disso, segundo o levantamento, elas receberam, em média, o equivalente a 82,8% dos salários e outras remunerações do que eles.

Em termos salariais, entre 2016 e 2017, os salários médios mensais apresentaram aumento real de 4,9%, passando de R$ 2.716,20 para R$ 2.848,77. Na análise por sexo, a remuneração das mulheres cresceu 5,7%, passando de R$ 2.418 para R$ 2.555,80. Já o dos homens avançou 4,4%, indo de R$ 2.955,40 para R$ 3.086.

Além disso, 55,4% dos trabalhadores assalariados eram homens e 44,6% mulheres, sendo que eles possuíam 59,9% dos salários e outras remunerações, enquanto elas tinham 40,1%.

Escolaridade

Conforme a pesquisa, na análise por escolaridade, verificou-se que 77,4% do pessoal ocupado assalariado não possuía nível superior, contra 22,6% graduados. Entretanto, o total de salários e outras remunerações pagos aos trabalhadores sem nível superior representava somente 53,5% do total, enquanto quem tinha graduação representava 46,5%.

Assim, o pessoal ocupado assalariado sem nível superior recebeu, em média, R$ 1.971,82, o que representa 33,8% do valor médio recebido pelo pessoal assalariado com nível superior (R$ 5.832,38). Ou seja: o salário médio mensal era quase o triplo.

Panorama geral

Segundo os dados do Cempre, cinco milhões de empresas e outras organizações formais estavam ativas em 2017, ocupando 51,9 milhões de pessoas - 45,1 milhões (86,8%) ocupados como pessoal assalariado e 6,9 milhões (13,2%) na condição de sócio ou proprietário.

Os salários e outras remunerações pagos totalizaram R$ 1,7 trilhão. O salário médio mensal foi no valor de R$ 2.848,77, equivalente a três salários mínimos, no custo do pagamento em 2017.

Na comparação com 2016, houve redução do total de empresas e outras organizações ativas (0,4%), representando menos 21,5 mil dessas unidades. O pessoal ocupado total teve aumento de 1%, ou seja, cerca de 528,1 mil pessoas, sendo que o pessoal ocupado assalariado cresceu 1,2% (550,7 mil pessoas).

Porém os sócios e proprietários diminuíram 0,3% (22,6 mil pessoas). O total de salários e outras remunerações subiu 2,4%, e o salário médio mensal, 4,9%, em termos reais.

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