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Homens mais velhos e não-brancos são os que mais solidificam o analfabetismo no Ceará

Pesquisa aponta para a redução do analfabetismo no Ceará nos últimos anos, porém, desigualdades sociais ainda persistem
13:50 | Jun. 19, 2019
Autor Wanderson Trindade
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Wanderson Trindade Repórter
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Tipo Notícia

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) apontam que houve melhorias nos indicadores educacionais no Ceará, como a queda no analfabetismo nos últimos anos. Mesmo com os avanços, desigualdades etárias, raciais e de gênero ainda persistem, de acordo com o estudo, divulgado nesta quarta-feira, 19, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em todo o País, o analfabetismo caiu entre 2016 e 2018 de 7,2% para 6,8% na faixa de 15 anos ou mais. Já o percentual do Estado também apresentou sucessivos declínios no período: de 15,2% em 2016 para 13,3% no ano passado.

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Ao esmiuçar os números, porém, verifica-se que homens mais velhos e não-brancos são quem mais robustecem o indicador do analfabetismo cearense. As faixas etárias analisadas pela Pnad Contínua indicam que há mais homens analfabetos do que mulheres no Ceará e que seguem a tendência: quanto mais avançada é a idade, maior o analfabetismo.

Em 2018, entre homens com 15 anos ou mais, a taxa de analfabetismo foi de 15%, numa variação de 3,3% frente às mulheres (11,7%). Outras cinco categorias de idade foram apresentadas, sendo a de 60 anos ou mais a que teve maior variação. Enquanto 41,4% dos homens foram apontados entre os analfabetos, o percentual entre as mulheres foi de 33,6%.

Já ao analisar a cor ou raça, a pesquisa mostrou disparidade entre brancos e não-brancos. Ao passo que 41,1% do grupo de pessoas pretas ou pardas acima de 60 anos são analfabetas, o percentual de brancos nas mesmas condições cai para 26,7%. Esta é a maior variação. A diferença entre brancos e pretos ou pardos com 15 anos ou mais é a menor: 4,9%.

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