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Funceme mostra antes e depois de área recuperada da desertificação no Ceará

O resultado foi obtido graças a ações do programa de recuperação de Áreas Degradadas em Processo de Desertificação
22:56 | Jun. 17, 2019
Autor O POVO
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Em alusão ao Dia Mundial de Combate à Desertificação, celebrado em 17 de junho, a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) divulgou resultado de ação contra a desertificação no interior do Estado. A imagem publicada no Instagram do órgão mostra região de Brum, no município de Jaguaribe, com vegetação recuperada após iniciativa do programa Recuperação de Áreas Degradadas em Processo de Desertificação.

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"A data reforça a necessidade de ações efetivas tanto no combate, quanto na prevenção ao fenômeno que ameaça praticamente todo o território cearense", diz a Funceme, referindo-se ao Dia Mundial de Combate à Desertificação.

Recuperação de Áreas Degradadas em Processo de Desertificação

De acordo com último levantamento feito pela Funceme, por meio da Gerência de Estudos e Pesquisas em Meio Ambiente (Gepem), o Ceará já apresenta 11,45% do seu território com áreas fortemente degradadas em processo de desertificação. As regiões mais vulneráveis são os Inhamuns, o Médio Jaguaribe e parte do Centro-Norte, onde está localizado o município de Irauçuba e seus circunvizinhos.

Além disso, de acordo com o Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca, todo o território cearense é considerado Área Suscetível à Desertificação (ASD). A Resolução Nº 115, de 23 de novembro de 20 do Conselho Deliberativo da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), também dá diagnóstico negativo: 98,7% do estado está dentro da Região Semiárida do Brasil, indicativo de vulnerabilidade.

Por isso, a Funceme, entre outros projetos, lançou o de Recuperação de Áreas Degradadas em Processo de Desertificação. Com atividades finalizadas em 2016, o programa promoveu a construção de barragens sucessivas de pedras para contenção de sedimentos, a implementação de técnicas de manejo do solo a fim de controlar a erosão, escarificação e sulcamento, para diminuir a compactação e melhorar a aeração e a penetração da água no solo e aplicação dos insumos para a recuperação da área esterco de curral e serapilheira, visando proporcionar condições de reaparecimento da vegetação e matéria orgânica para melhorar as condições físicas e químicas do solo.

Os 5 hectares referentes à região de Brum, no município de Jaguaribe, estavam bastante degradados, com impactos diretos na vegetação, no solo e no potencial produtivo, apresentando condições que inviabilizavam o uso da terra pela população local. 

“Entre as mudanças positivas, observamos o ressurgimento de algumas espécies vegetais e o melhoramento do aspecto das plantas existentes, que se tornaram mais exuberantes. Estes fatos são atribuídos, principalmente ao acúmulo de umidade no solo ocasionado pela contenção de sedimentos nas barragens de pedras e terraços”, diz a gerente do Gepem, Margareth Benício.

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