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Projeto de lei quer proibição de canudos de plástico no Ceará

Estabelecimentos teriam um ano para se adaptar. Matéria depende de aprovação dos parlamentares na Assembleia Legislativa
11:45 | Fev. 14, 2019
Autor O Povo
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Tipo Notícia

Projeto de lei apresentado na sessão dessa quarta-feira, 13, da Assembleia Legislativa do Ceará quer a proibição do “uso de canudos de plástico, exceto os biodegradáveis e reutilizáveis, nos estabelecimentos comerciais, bares, quiosques, padarias, barraca de praia, hotéis, restaurantes e lanchonetes do Estado do Ceará”. A lei se aplicaria também a casas de show, estádios de futebol e ginásios.

De acordo com o projeto, de autoria do deputado Marcos Sobreira (PDT), os estabelecimentos teriam um ano, contado a partir da data de promulgação, para se adaptar à medida. O descumprimento sujeitaria os infratores a advertência por escrito e multa, que seriam estabelecidas pelo Governo.

Canudos plásticos

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Cerca de 8,3 milhões de toneladas de plástico foram produzidas mundialmente até 2015, segundo artigo publicado na revista científica Science Advances em 2017. Do total de resíduos plásticos gerados, estima-se que apenas 12% foram reciclados e 9%, incinerados. Os outros 79% estariam no ambiente, principalmente no mar.

Dentre os plásticos de uso único - aqueles que são úteis por alguns minutos antes de levarem centenas de anos em decomposição - as campanhas de banimento consideram o canudo como o item mais fácil de ser dispensado ou substituído. Alternativas para quem não dispensa o canudinho têm surgido, como os canudos reutilizáveis, de metal ou vidro, e os biodegradáveis, como os de bambu e até de materiais comestíveis.

No projeto de lei, Sobreira afirma apresentar a discussão “na ânsia de minimizar" os danos gerados pelo descarte de materiais plásticos que, desintegrando-se em pedaços menores, são ingeridos por animais. Segundo o deputado, a proposição pretende “alinhar o nosso Estado com as práticas de sustentabilidade e a preservação do meio ambiente com a adoção de boas práticas e medidas que contribuam para as ações da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU)”.

O tema não é inédito entre parlamentares cearenses. Em 2018, tramitaram projetos de lei sobre o tema tanto na Câmara dos Vereadores de Fortaleza por Iraguassú Filho (Projeto de Lei Ordinária nº 366/2018), ligado ao PDT, quanto na Assembleia Legislativa, com o deputado Renato Roseno (Projeto de Lei nº 175/18), filiado ao Psol. 

Redação O POVO Online

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