Conjunto habitacional abandonado em Juazeiro vira ponto de uso de drogas e até de prática de paintball

A Prefeitura informou que o conjunto habitacional não é de sua responsabilidade. Porém, o órgão não explicou se houve compra ou doação do local.

10:31 | Jan. 30, 2025

Por: Yago Pontes
Imóvel encontra-se abandonado há pelo menos uma década. (foto: Yago Pontes / O POVO CBN Cariri )

Um conjunto habitacional localizado no bairro Limoeiro, em Juazeiro do Norte, permanece abandonado há pelo menos 10 anos. Segundo apuração da rádio O POVO CBN Cariri, o local tem sido utilizado como abrigo para usuários de drogas, pessoas em situação de rua e até como espaço para a prática de paintball.


O setor de Habitação da Secretaria de Desenvolvimento Social e Trabalho de Juazeiro do Norte (Sedest) informou que o empreendimento foi reprovado pela Caixa Econômica Federal e não pertence mais ao Município. A área, conforme a pasta, passou a ser de propriedade privada e foi substituída pelas 108 unidades da Regularização Fundiária entregues pela Sedeste em 2024.


A obra teve origem em 2009, durante a retomada da urbanização das margens da Lagoa do Timbaúbas, que previa o reassentamento de 240 famílias. Na época, a administração municipal discordou da construção das casas na área devido ao histórico de alagamentos.

Mesmo assim, a construtora teria iniciado a obra e, de acordo com a Sedest, nenhuma das medições foi assinada pelo gestor municipal. Conforme a Prefeitura, um dos blocos do conjunto habitacional desabou e a responsabilidade pelos prejuízos foi atribuída à construtora.

Prefeitura informou ainda que os imóveis não são de sua responsabilidade, cabendo à empresa decidir o destino do empreendimento. Afirmou que o projeto de urbanização foi modificado e as famílias foram reassentadas em 50 unidades habitacionais no bairro Pedrinhas, 76 no São José e 32 no Antônio Vieira.


A Prefeitura não esclareceu se houve compra ou doação do espaço, nem informou o valor envolvido na negociação e quem seria o atual proprietário do conjunto habitacional. Até o momento, não há informações sobre possíveis soluções para o local.