Participamos do

Polícia Civil de Sergipe alega que repassou placas de veículos; dados não chegaram no BPChoque

O Complexo de Operações Especiais de Sergipe (Cope) investigava líderes sergipanos da quadrilha e compartilhava informações com a Coin, da SSPDS. Os dados das placas existiam, mas não teriam chegado aos policiais do Batalhão de Choque
22:15 | Dez. 09, 2018
Autor O POVO
Foto do autor
O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia

[FOTO1]

 

O Complexo de Operações Especiais de Sergipe (Cope) desencadeou a investigação da quadrilha interestadual chefiada por criminosos sergipanos. Há três meses, as investigações do Cope e da Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol) trocavam informações com as Polícias de quatro estados do Nordeste, incluindo o Ceará, que era a Coordenadoria de Inteligência da Secretaria da Segurança (SSPDS). O delegado do Cope, Dernival Eloi, afirmou que as placas dos veículos que seriam utilizados no ataque a banco em Milagres foram repassadas à Polícia do Ceará, no entanto, O POVO Online apurou que os policiais militares que estavam na cidade cearense não teriam recebido os modelos ou placas de veículos dos assaltantes. 

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

 

Trabalhavam juntas as equipes do Cope, Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic) da Polícia Civil de Alagoas e do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) da Polícia Civil da Bahia, e da Coordenadoria Integrada de Inteligência (Coin), da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) do estado do Ceará, responsável por acionar o Batalhão de Choque para a região do Cariri.  

[SAIBAMAIS]

O delegado Dernival Eloi se pronunciou sobre a operação e afirmou que as investigações compartilhadas apontavam que o ataque seria em Milagres e disse que a placa dos veículos que seriam utilizados foi repassada à Polícia do Ceará. " Tínhamos certeza da atuação do grupo em Milagres, repassamos informações detalhadas, até a placa dos carros que seriam usados", explicou Dernival.

Os quatro veículos apreendidos são um Chevrolet S10, um VW Saveiro, um Chevrolet Corsa, um Mitsubishi L200, sendo o último roubado na cidade de Nossa Senhora do Socorro, na Região Metropolitana de Aracaju (SE), informação confirmada pela Secretaria da Segurança Pública de Sergipe (SSP/SE). Outros dois carros, que foram roubados na BR 116, também foram recolhidos pelos policiais: um Chevrolet Celta e um Ford Ranger. O POVO Online apurou que nem os modelos dos veículos e nem as placas chegaram ao conhecimento do Batalhão de Choque.

A Coordenadoria de Inteligência, que é chefiada pelo delegado Ednaldo do Vale, com base nas informações compartilhadas, acionou o Batalhão de Choque, por meio do comandante tenente-coronel Cicero Henrique e o major Antônio Cavalcante, comandante do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), que pertence ao BPChoque. 

 

Os policiais não sabiam da existência dos reféns e trocaram tiros com os assaltantes. 14 pessoas foram mortas, sendo seis reféns de uma mesma família e oito assaltantes.

 

Líderes 

 

[FOTO2] 

 

O grupo era chefiado por Manoel da Silva, conhecido como Eraldo, de 44 anos, Claudervan Santana Aquino, de 26 anos, e Rivaldo Azevedo Santos, 22 anos. Os três, que morreram durante o confronto na região do Cariri, são a base do grupo interestadual e a partir deles e da intenção de atacar bancos no Nordeste, os setores de Inteligência começaram a compartilhar informações, conforme a Polícia de Sergipe.

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente