Jornalista volta a fazer ataques homofóbicos um dia após ter liberdade provisória decretada

Jornalista volta a fazer ataques homofóbicos um dia após ter liberdade provisória decretada

Adriana chegou a ser presa no sábado, 14, no caso no Shopping Iguatemi, mas teve liberdade provisória decretada após audiência de custódia

A jornalista Adriana Catarina Ramos de Oliveira, de 61 anos, presa em flagrante no sábado, 14, após proferir xingamentos homofóbicos contra um homem em shopping em São Paulo, voltou a fazer novos ataques em condomínio da cidade.

O novo caso ocorreu na tarde dessa segunda-feira, 16, em prédio na região central de São Paulo, quando a mulher teria ofendido três homens, no dia seguinte ao que recebeu o benefício da liberdade provisória.

É + que streaming. É arte, cultura e história.

+ filmes, séries e documentários

+ reportagens interativas

+ colunistas exclusivos

Em vídeo que publicado nas redes sociais, Adriana aparece novamente proferindo ofensas, dessa vez a três homens, vizinhos da mulher. Catarina foi filmada se referindo aos homens como: "Boiolas depilados", "viados que dão o c*", entre outras ofensas.

Em publicação nas redes sociais, o analista de comunicação Gustavo Leão, uma das vítimas do ataque, explicou que a postura de da jornalista é recorrente, mas que evolui até chegar em casos de "homofobia e difamação pública".

"Foi um momento extremamente constrangedor e humilhante, que nos expôs de forma cruel e injusta", disse Gustavo.

O caso ocorreu na recepção do condomínio na Avenida Angélica, na região central da capital paulista, onde todos residem. A Polícia Militar foi acionada e compareceu ao local para averiguação. A mulher foi conduzida ao 77º Distrito Policial, onde foi ouvida e liberada.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou ao O POVO que as vítimas do caso compareceram à delegacia na tarde desta terça-feira, 17, onde foram ouvidas pelas autoridades. A secretaria informa que uma diligência foi aberta para esclarecimento dos fatos.

Nota da Secretaria de Segurança Pública:

O 77º Distrito Policial (Santa Cecília) instaurou um inquérito policial para apurar o crime de homofobia ocorrido na segunda-feira (16), na Avenida Angélica, na região central da Capital. A Polícia Militar foi acionada e, no local, foi informada de que houve uma discussão entre a mulher mencionada e três homens. Ela foi conduzida à delegacia, onde foi ouvida e liberada, uma vez que as vítimas não estavam presentes para formalizar o flagrante, como determina a legislação. As vítimas compareceram à unidade policial na tarde de hoje (17) e foram ouvidas. Diligências estão em andamento para o completo esclarecimento dos fatos.

Adriana chegou a ser presa no sábado, 14, no caso no Shopping Iguatemi, mas teve liberdade provisória decretada após audiência de custódia.

"Apesar de tudo isso, a agressora segue livre e impune, mesmo sendo reincidente, pois neste final de semana aconteceu o mesmo no Shopping Iguatemi. Isso é inaceitável [...] Agora, tomaremos todas as medidas legais", pontuo a vítima.

Deputada encaminhou denúncia ao Ministério Público

A deputada federal eleita por São Paulo, Erika Hilton (PSOL), encaminhou queixa-crime feita terça-feira, 17, ao Ministério Público. Na postagem feita nas redes sociais, Erika prestou solidariedade as vítimas, e cobra ações mais duras da justiça.

"A homotransfobia foi equiparada pelo STF ao crime de racismo, é inafiançável e imprescritível, e abarca toda forma de LGBTfobia. Mas, infelizmente, vemos uma justiça ainda leniente. Muitas vezes, incapaz de compreender que alguém que ataca uma pessoa LGBTQIA+ gratuitamente, tem grandes chances de atacar outra", disse.

"Nossos mandatos seguem à disposição das vítimas e de prontidão para todo e qualquer auxílio que nos for possível", conclui a Deputada.

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar