Paraná: suspeito de manter mulher em cárcere privado por 8 anos é solto

Paraná: suspeito de manter mulher em cárcere privado por 8 anos é solto

Polícia Militar do Paraná informou que a vítima era observada por câmeras de segurança e era proibida de ter contato com outras pessoas sem a presença do marido

Uma mulher em situação de cárcere privado foi resgatada pela Polícia Militar do Paraná, em Itaperuçu. A vítima já vivia nesta situação há oito anos e o suposto responsável é o seu marido, que foi detido durante a ação da Polícia Militar do Paraná e liberado na manhã deste domingo, 16.

O resgate da vítima e a prisão do agressor aconteceram na última sexta-feira, 14, na Região Metropolitana de Curitiba. Ambos não tiveram a identidade revelada pela Polícia.

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A casa onde a vítima era alocada fica localizada em uma região rural de difícil acesso. Além disso, o homem supostamente monitorava a esposa diariamente através de câmeras de segurança. De acordo com a mulher resgatada, os familiares já sabiam da situação e acobertavam o caso.

Cárcere privado: situação e denúncia da vítima

Além de ser privada de liberdade, a vítima agressões físicas e psicológicas, conforme relatou à Polícia. Nos relatos, ela destacou que já havia sido amarrada e asfixiada diversas vezes.

Ainda conforme o relato, a vítima era impedida de se comunicar com outras pessoas sem a presença do marido, tanto presencialmente quanto por mensagens. No local onde residia, câmeras de monitoramento eram direcionadas para a porta, impedindo tentativas de contato ou fuga.

Ela também contou aos policiais que não possuía celular e só tinha acesso a um aparelho compartilhado com o marido.

De acordo com a Polícia Militar, o caso foi denunciado pela própria vítima mais de uma vez, mas só obteve sucesso quando ela conseguiu enviar um relato por e-mail para a Casa da Mulher Brasileira.

Resgate da vítima mantida em cárcere privado pelo marido

A Polícia Militar do Paraná foi acionada pela Casa da Mulher Brasileira e, no dia 14 de março, realizou o pedido de resgate. Inicialmente, a vítima tentou negar os fatos aos policiais.

Durante os questionamentos, ela afirmou possuir um celular conjunto com o marido e disse que o outro aparelho era usado pelo filho. A versão foi contestada por não haver lista de contatos, chip ou aplicativo de mensagens instantâneas no eletrônico compartilhado.

A polícia também verificou o e-mail cadastrado no aparelho, constatando se tratar do mesmo endereço utilizado para a denúncia à Casa da Mulher Brasileira. Após o apurado das informações, ela chorou e confirmou o pedido de ajuda feito anteriormente.

Já o marido foi detido em flagrante e a PM o conduziu à Delegacia de Rio Branco do Sul.

Denúncias anteriores

Em outro momento, a vítima tentou resgate por meio de um bilhete deixado em um posto de gasolina. O papel continha o pedido de socorro, nome e endereço da solicitante.

 

O bilhete chegou até o conhecimento da Polícia Militar.

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