Polícia investiga manipulação de máquinas de pelúcia no Rio de Janeiro
Segundo as investigações, máquinas eram programadas para capturar as pelúcias apenas depois de um determinado número de jogadas
Duas empresas foram alvo de uma operação de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira, 28, suspeitas de manipulação de máquinas de pelúcia. Ao todo, 19 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços das empresas nos estados do Rio de Janeiro, na Baixada Fluminense, e em Santa Catarina, para a coleta de máquinas, pelúcias, celulares, computadores, notebooks, tablets e documentos que deverão passar por análise.
Segundo informações divulgadas pelo jornal O GLOBO, a operação, intitulada “Mãos Leves 2”, teve início em maio deste ano após denúncias de que as pelúcias disponibilizadas seriam falsas. Após perícia nos equipamentos, foi descoberto que as máquinas teriam sido programadas para capturar os brinquedos apenas depois de um determinado número de jogadas.
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O sistema funciona a partir da manipulação automatizada da descarga elétrica gerada pela máquina. Em outras palavras, a garra da máquina não recebe energia suficiente para capturar a pelúcia até atingir o número pré-definido de jogadas.
Neste caso, a captura do objeto depende mais da sorte do operador de jogar no momento certo, do que de sua habilidade para agarrar a pelúcia.
Um dos alvos da operação já foi investigado por atuação em máquina caça-níqueis, o que levantou a hipótese de participação do jogo do bicho no esquema.
“Isso fez acender uma luz que nos fez desconfiar de que organizações criminosas como contravenção de jogo do bicho ou até milícias possam estar por trás disso”, afirmou o delegado responsável pelo caso, Pedro Brasil, em entrevista ao O GLOBO.
Os representantes das empresas alvo na operação poderão responder por crimes contra a economia popular, contra o consumidor, contra a propriedade imaterial, associação criminosa e contravenção de jogo de azar.