Mãe reencontra o filho após 34 anos do seu sequestro no Acre
Menino foi sequestrado quando tinha 11 e foi adotada por três famílias diferentes
Uma mãe reencontrou o filho após ficar 34 anos separada dele. O caso aconteceu em Rio Branco, no Acre, onde o vigilante Francisco Josenildo da Silva Marreira Tigre foi sequestrado quando tinha 11 anos. Ele ficou desaparecido durante três décadas, apesar disso sua mãe não tinha desistido da possibilidade de reencontrá-lo.
De acordo com informações da Rede Amazônica, o pai de Josenildo foi assassinado em 1983, e o menino trabalhava vendendo salgados, sendo o mais velho entre sete filhos da técnica de enfermagem aposentada Iraci Feitosa da Silva. Ela tinha 31 anos quando ele desapareceu, em 1987, de acordo com informações da CBN.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
O menino prometia à mãe se vingar da morte do pai, algo que ela tentava tirar a todo custo da mente dele. A criança então acabou acompanhando uma mulher, que prometeu levá-lo para o lugar onde o pai dele foi morto, para um “acerto de contas” com um possível suspeito do assassinato.
LEIA: Após 5 décadas, sequestro do menino Carlinhos segue sem solução
A partir disso, o menino pegou um ônibus para Porto Velho e de lá foi com um caminhoneiro até Florianópolis. Chegando à capital catarinense, o caminhoneiro sumiu e o menino passou a perambular pela cidade.
O menino então foi pedindo caronas para retornar para casa, até que chegou novamente em Porto Velho e viajou escondido em um caminhão que ia para o Acre. Ao chegar novamente no Estado, ele recebeu o convite de uma mulher para ir morar em Brasiléia, também no Acre.
Josenildo passou por duas famílias antes de ser adotado em definitivo pelo casal Sebastião Tigre e Zinha Tigre. "Me fizeram o que eu sou hoje", disse ele à Rede Amazônica.
Ele falou sobre o reencontro com a mãe biológica: "Eu ia passando de frente à casa, me veio a lembrança de que era ali. Eu parei, minha tia saiu de casa, me viu e eu voltei. Ela ficou olhando, eu fui até ela, perguntei se ela conhecia a pessoa, que no caso é a minha mãe. Falei o nome e ela perguntou se eu era o Josenildo. Ela já desconfiou, eu fiquei sem jeito, já me chamou para dentro e ficou no corre-corre. Fizemos o exame de DNA e deu certo".