Jovem que pulou do 5º andar para se salvar disse que foi agredida por pedir ajuda

O fato aconteceu no último domingo, 9, em um condomínio de luxo em Salvador

A jovem de 27 anos que se jogou do 5º andar de um prédio em Salvador, na Bahia, disse que fez isso para se salvar das agressões do namorado Igor Costa Campos. O relato de Hilda Francine dos Santos foi dado à apresentadora Patrícia Poeta, no programa Encontro, da TV Globo, na manhã desta quinta-feira, 13.

Na entrevista dada ao programa, Hilda contou que começou a ser agredida após pedir para o namorado levá-la ao hospital, pois percebeu que estava sangrando e, como está grávida, achou que poderia perder o bebê. Segundo ela, pelo efeito das drogas, ele se negou e começou a agredir.

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Ela disse ainda que ao agredi-la, o suspeito ria, humilhava e a xingava. “Ele falava: 'Você já está morta, entenda que você já está morta'. Tentei sair [do apartamento] várias vezes, mas ele me puxava pelo cabelo, dava cabeçada, socos, pontapés, mordidas, voadoras, me jogava e subia em cima de mim", lembra.

Em seu relato, Francine conta que sofreu fraturas múltiplas no corpo e teve um corte em uma articulação da pelve e que, apesar disso, teve alta médica no dia seguinte ao ocorrido. Ela conta que a única saída que tinha era a janela e que não viu se era alto, só queria se salvar.

"Ele estava muito descontrolado, me deu banho de cerveja, sentou em cima da minha barriga, me dava socos no estômago e fumava as coisas dele e jogava na minha cara", disse.

O fato aconteceu no último domingo, 9, em um condomínio de luxo na avenida Luís Viana Filho. O agressor foi preso em flagrante e teve a sentença convertida em prisão preventiva na terça-feira, 11. Ele nega a ação.

“Em nenhum momento ele tentou me ajudar e me deixou sair. Ele só dizia que queria me matar, pegava meu cabelo, fazia um nó e me jogava de um lado para o outro. Eu só clamava por Deus e ele me chamava de falsa samaritana. Eu falei que Deus ia mostrar quem sou e eu sou honrada”, detalha.

Com a alta, ela segue se recuperando dos ferimentos. Hilda não confirmou se continua grávida ou não. "Não estou dormindo, tendo assistência médica, psicológica. Não tenho condições de fazer nada. Estou totalmente dependente dos outros".

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