Irmãos separados em orfanato se encontram por acaso em sala de aula
Ainda crianças, eles foram levados ao orfanato em Indaiatuba pela avó devido a condições financeiras. Após isso, foram adotados por famílias diferentes
Dois adolescentes de Indaiatuba, em São Paulo, viveram em um abrigo antes de serem adotados por famílias distintas. Durante uma década, perderam todo contato um com o outro até se reencontrarem por acaso em uma sala de aula.
João Vitor e Gabriel, com idades de 15 e 17 anos, respectivamente, se reuniram no Projeto Sonhar, programa destinado a capacitar os jovens para ingressarem no mercado de trabalho.
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Gabriel contou ao EPTV que a avó os levou ao orfanato devido às condições financeiras e que chegaram lá muito jovens. Eles foram adotados e nunca mais se encontraram.
Reencontro dos irmãos: processo de separação e adoção
Gabriel compartilha que sua experiência no orfanato foi marcada pela presença de muitas crianças e pelo cuidado atencioso das funcionárias.
Ele recorda que seu irmão João Vitor era muito pequeno e precisava de cuidados especiais, em uma área separada. Além dele, Gabriel tinha a companhia de outros dois irmãos, Daniel e Maisa.
Os dois irmãos foram adotados em um curto período. Gabriel passou a viver com sua antiga madrinha e acreditava que sua avó ou seus pais biológicos iriam buscá-lo no futuro.
Mas João Vitor foi adotado por uma família diferente e sua adaptação foi gradual. Ele revelou que tinha dificuldade de se abrir com os pais adotivos, com receio de ser abandonado novamente.
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Irmãos se reencontram dez anos depois
Quando completou dez anos, Gabriel retornou ao orfanato na esperança de reencontrar seus irmãos. No entanto, sua primeira tentativa não teve sucesso, e ele decidiu não continuar procurando.
Seguindo sua vida, Gabriel compartilhava suas experiências como eletricista durante uma aula no Projeto Sonhar quando, não apenas ele, mas todos no local notaram ao inusitado: a aparência dele com João Vitor.
“Quando ele entrou na sala, todo mundo começou a falar. Todo mundo mesmo, literalmente. Dai começou a olhar para mim e para ele. E o povo começou a falar baixinho que a gente se parecia muito, muito mesmo”, relembrou João Vitor para a EPTV.
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Ele então contatou o professor, que, por sua vez, iniciou uma investigação com a ajuda da psicóloga do projeto. A confirmação veio e os irmãos se encontraram em um shopping da cidade para relembrar os momentos e saber sobre o futuro.
Atualmente, eles são vizinhos, se encontram frequentemente para reconstruir a relação e mantêm contato com os outros dois irmãos.
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