Após um ano, Petrópolis ainda se recupera da maior tragédia da cidade

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Há um ano,

O volume de chuva esperado para todo o mês atingiu a cidade em apenas seis horas, no dia 
15 de fevereiro 
de 2022.
As principais ruas ficaram alagadas, os rios transbordaram e 
deslizamentos de terra ocorreram em diferentes bairros. O número de mortes chegou a 233. A tragédia é considerada a maior da história da cidade. Notícias relacionadas:
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Renan diz que criou coragem para reerguer o negócio, com a ajuda de clientes e de fornecedores. Mas o medo ainda é frequente: “Os bueiros na praça estão todos entupidos. Quando chove forte, a praça fica tomada pela água e a preocupação é grande”.
Em outras regiões da cidade, os riscos são ainda maiores. O Morro da Oficina foi o lugar mais atingido pela chuva. Em vários pontos, só restam escombros de casas. Quem ainda permanece nas encostas vive permanentemente assustado, principalmente em dias de chuva. A presidente da Associação de Moradores, Ana Lúcia Chandrette, perdeu amigos soterrados e diz que nunca mais conseguiu viver em paz na comunidade.
“Não tem como a pessoa ficar aliviada, nem sossegada. Muitos querem voltar para casa, outros

não querem. Aqui na parte mais alta, a maioria levou tudo: janela, porta, box. Conseguiram um aluguel social e não têm mais perspectiva de voltar”. As obras de contenção e drenagem no Morro da Oficina só começaram em janeiro deste ano. A prefeitura de Petrópolis dividiu as intervenções em três etapas, cada uma compreendendo uma área. A

segunda
etapa ainda está em fase de licitação e a terceira espera a conclusão do projeto executivo. Amélia Pinto, aposentada e uma das moradoras mais antigas do local, reclama da demora das autoridades para concluir as obras e diz que a sensação é de abandono na vizinhança.
“Aqui caiu barreira, matou muita gente. E até o dia de

hoje 
está a mesma coisa. Ninguém fez nada. Não sei como vai ficar a situação. Aqui é área de risco. Nós estamos aqui e só Deus sabe. Fica todo mundo com medo”.
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