Pais dizem ter sido expulsos de parque por filho ser autista

Relato foi feito pela mãe da criança nas redes sociais

Os pais de uma criança autista de quatro anos de idade afirmaram nas redes sociais terem sido expulsos de um parque aquático em Cidade Ocidental, no interior de Goiás. Segundo eles, o motivo da expulsão foi a condição da criança. As informações são do UOL.

De acordo com a família da criança, o motivo da expulsão da família foi o fato de terem entrado no parque com um lanche para a criança, além do autismo, sofre com restrições alimentares.

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Carol Monteiro, de 41 anos, mãe do garoto, publicou um vídeo nas redes sociais, falando sobre o assunto. Segundo ela, a família foi autorizada a entrar no local com o lanche para a criança mas que, em seguida, passou a ser seguida por seguranças.

"Experiência humilhante"

Pouco tempo antes da família ser retirada do parque, o menino brincava numa piscina. No Instagram, onde Carol publicou um texto também sobre o assunto, ela descreve o ocorrido como "uma experiência humilhante".

"Nunca mais eu volto nesse lugar e recomendo que nunca pisem aqui. Porque é um lugar que não sabe tratar as pessoas, não é inclusivo. E tem uma equipe extremamente despreparada para tratar de crianças autistas. A gente vai na delegacia e vai exigir nossos direitos", afirmou a mulher.

Ainda nas redes sociais, Carol afirmou que seu filho come apenas alguns tipos de sucos e salgados. Por esse motivo, toda vez que sai de casa, precisa levar a comida da criança.

A legislação brasileira garante às pessoas com transtorno do espectro autista "o acesso a ações e serviços de saúde, com vistas à atenção integral às suas necessidades de saúde" incluindo "nutrição adequada e terapia nutricional".

Pai foi impedido de dar comida ao filho

Conforme Bruno Augusto, pai da criança, os problemas começaram quando ele foi ao carro da família buscar a comida para o filho.

"No estacionamento, eu informei que meu filho era autista e quando ele sentisse fome ia voltar para pegar a comida dele. Quando voltei ao estacionamento, já tinha outra pessoa com a camiseta de segurança. O rapaz em questão me abordou e disse que eu não ia poder consumir aquilo. Já vim com o RG do Daniel na mão [o documento possui identificação de autismo] e afirmei que meu filho era autista. O segurança me seguiu e, quando cheguei onde minha esposa estava com as crianças, ele reafirmou que não ia poder consumir o lanche", narra Bruno.

Após a repercussão, o Águas Correntes Park divulgou uma nota, onde pedia desculpas à família. Após a repercussão, o Águas Correntes Park divulgou uma nota, onde pedia desculpas à família.

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