Escritora Lygia Fagundes Telles morre aos 98 anos

Autor DW Tipo Notícia

Conhecida como a dama da literatura brasileira, ela recebeu o prêmio Camões, o principal da língua portuguesa, e venceu o Jabuti por quatro vezes.A escritora Lygia Fagundes Telles, conhecida como a dama da literatura brasileira, morreu aos 98 anos, em São Paulo. Segundo sua agente literária e a Academia Brasileira de Letras (ABL), ela estava em sua casa e faleceu de causas naturais. Lygia era uma das maiores escritoras brasileiras vivas. Ela ganhou em 2005, pelo conjunto da obra, o prêmio Camões, o principal da língua portuguesa, e o prêmio Jabuti por quatro vezes, em 1966, 1974, 1996 e 2001. Em 2016, tornou-se a primeira mulher brasileira a ser indicada ao prêmio Nobel de literatura. Ela integrava a Academia Brasileira de Letras desde 1985 e também a Academia Paulista de Letras. Entre seus livros mais famosos, estão Antes do Baile Verde, de 1970, que venceu o Grande Prêmio no Concurso Internacional de Escritoras, na França, As Meninas, de 1973, que ganhou o Jabuti, Ciranda de Pedra, seu primeiro romance, de 1954, e que foi adaptado para a televisão, e O Jardim Selvagem, de 1965. Ela teve seus livros traduzidos para diversos idiomas, inclusive alemão, espanhol, francês, inglês, italiano, polonês, sueco e tcheco. Primeiro livro em 1938 Lygia nasceu em São Paulo, em 19 de abril de 1923, filha de pai procurador e mãe pianista. Ela passou a infância e a adolescência em cidades do interior paulista e no Rio de Janeiro. Depois de já ter publicado seu primeiro livro de contos, Porão e Sobrado, em 1938, ela ingressou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, da Universidade de São Paulo, onde se formou em 1946. Na faculdade, ela conheceu o jurista e ex-deputado federal Gofredo Teles Júnior, seu primeiro marido, com quem teve um filho. Depois, ela se casou com o crítico de cinema e professor de audiovisual Paulo Emílio Sales Gomes, com quem viveu até sua morte, em 1977. Lygia foi amiga próxima dos escritores Clarice Lispector, Hilda Hilst, Carlos Drummond de Andrade e Érico Veríssimo. Paralelamente à sua atividade literária, ela foi também procuradora do Instituto de Providência do Estado de São Paulo, cargo do qual se aposentou em 1991, e presidente da Cinemateca Brasileira. bl (ots)

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