Polícia do Rio reconhece erro em prisão jovem acusado de ser miliciano

Mesmo com o admissão do erro e do pedido de habeas corpus, Justiça não autorizou soltura; Raoni Lázaro Barbosa não mora na região onde foi acusado de integrar milícia

A Polícia do Rio de Janeiro reconheceu o erro na prisão do cientista de dados Raoni Lázaro Barbosa. O jovem foi acusado pela corporação de integrar uma milícia em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Preso há 22 dias, reconhecimento facial de Raoni teria sido realizado através do reconhecimento de fotos. A corporação, no entanto, declarou que as testemunhas voltaram atrás no reconhecimento. A Justiça do Rio, no entanto, não autorizou um habeas corpus para Raoni.

De acordo com informações do portal G1, no inquérito policial, Raoni foi acusado de ser responsável por cobrar taxas de moradores e de comerciantes de Caxias. O homem também faria parte de um grupo composto por policiais militares. A defesa afirma, no entanto, que Raoni e a esposa moram em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, e nunca viveram em Duque de Caxias.

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Na investigação, foi utilizada a imagem de um homem identificado como Raony, com "y", também conhecido como Gago, que seria apontado como integrante da milícia de Duque de Caxias. A defesa e a família apontam que a única semelhança entre os dois é a cor da pele, ambos negros. O reconhecimento por fotos não é uma prática prevista na lei brasileira.

A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas, a Draco, informou que as testemunhas desfizeram o reconhecimento. A Polícia Civil fez solicitação à Justiça para revogação da prisão e a defesa de Raoni também entrou com um pedido de habeas corpus. No entanto, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro negou um pedido liminar e o erro na identificação do suspeito não foi analisado.

Raoni Lázaro Barbosa, de 34 anos, é cientista de dados e tem especialização realizada no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos. Além disso, o jovem atualmente trabalha na multinacional IBM, voltada para a área de informática. "Eu falei com eles: 'ele é funcionário', falei nome da empresa, uma multinacional conhecida americana. Mas até o momento eles só falaram que eu podia tirar fotos de mandado de prisão e que ele estava sendo encaminhado para Draco, da Cidade da Polícia" afirmou Érica, esposa de Raoni.

"A gente não sabe como é que vai ser daqui pra frente. não sabe como é que vai ser com relação ao emprego dele, se ele vai perder emprego, se ele vai deixar de poder viajar", expressa Érica.

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